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EUA dizem que espionagem frustrou tramas terroristas

O documento não identifica quais são os 20 países nos quais a vigilância da NSA foi crucial para dissolver tentativas de ataque e cita apenas um caso, o da tentativa de atentado do afegão Nayibullah Zazi no metrô de Nova York

Presidente dos EUA, Barack Obama: polêmico sistema de vigilância da internet teria impedido ataques terroristas em "mais de 20 países" (Larry Downing/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2013 às 16h33.

Washington - Funcionários de inteligência dos Estados Unidos afirmaram ao Senado que seus programas de espionagem eletrônica e telefônica permitiram frustrar 'dúzias de tramas terroristas' dentro do território americano e em mais de 20 outros países.

Segundo informou neste domingo o jornal 'The Wall Street Journal', o escritório do Diretor Nacional de Inteligência (DNI) proporcionou neste fim de semana à Comissão de Inteligência do Senado um documento que amplia a informação sobre os dois controvertidos programas da Agência Nacional de Segurança (NSA).

O documento não identifica quais são os 20 países nos quais a vigilância da NSA foi crucial para dissolver tentativas de ataque e cita apenas um caso, o da tentativa de atentado do afegão Nayibullah Zazi no metrô de Nova York em setembro de 2009.

A inteligência dos EUA garantiu ainda que os registros telefônicos de americanos que são recopilados graças a acordos como o da Verizon, revelado recentemente pelo jornal britânico 'The Guardian', são revisados apenas em um número limitado de casos.

Em 2012, por exemplo, foram revisados menos de 300 registros telefônicos de americanos, algo que só ocorreu nos casos em que esses dados estavam 'associados com organizações terroristas estrangeiras específicas', assegura o documento.

Além disso, a inteligência americana não recopila 'nenhuma informação sobre a localização dos telefones celulares', e toda a informação recopilada é destruída a cada cinco anos, acrescenta.

O documento explica também que todas as buscas na base de dados são documentadas e auditadas e só um 'pequeno número' de funcionários pode acessá-la.

O objetivo do programa é 'enfrentar a relação entre os esforços terroristas domésticos e estrangeiros que ficaram expostos nos ataques de 11 de setembro de 2001', segundo a inteligência americana.

O programa de vigilância da NSA causou polêmica depois que o 'The Guardian' revelou a existência de uma ordem secreta da Corte da Lei de Vigilância da Inteligência Estrangeira (Fisa) que forçava a Verizon a remeter à agência os registros diários de milhões de seus clientes, um acordo que também existe com outras duas grandes operadoras, AT&T e Sprint.

A NSA tem, além disso, um segundo programa, conhecido como PRISM, que lhe dá acesso aos servidores de nove empresas de internet, entre elas Google, Facebook e Microsoft, segundo o 'The Guardian'.

Esse segundo programa procura seguir a pista de estrangeiros que 'possam ter valor de inteligência', aponta o documento.

Os legisladores da Comissão de Inteligência do Senado tentarão conseguir uma lista completa dos ataques supostamente frustrados em mais de 20 países graças a estes programas a partir desta segunda-feira, segundo o jornal americano.

Em relação ao caso da tentativa de atentado no metrô de Nova York, o documento explica que a NSA captou uma comunicação entre um suspeito de terrorismo no Paquistão e uma pessoa desconhecida nos EUA e enviou essa informação ao FBI (polícia federal americana), que identificou o segundo indivíduo como Zazi.

A NSA buscou o número de telefone de Zazi na base de dados e pôde assim encontrar o contato de um de seus ajudantes e confirmar outra informação sobre ele, assinala o documento.

'Este êxito foi só um de muitos nos quais empregamos os recursos combinados destes programas, junto a outros, para proteger os americanos', afirma o escritório do DNI. EFE

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Washington - Funcionários de inteligência dos Estados Unidos afirmaram ao Senado que seus programas de espionagem eletrônica e telefônica permitiram frustrar 'dúzias de tramas terroristas' dentro do território americano e em mais de 20 outros países.

Segundo informou neste domingo o jornal 'The Wall Street Journal', o escritório do Diretor Nacional de Inteligência (DNI) proporcionou neste fim de semana à Comissão de Inteligência do Senado um documento que amplia a informação sobre os dois controvertidos programas da Agência Nacional de Segurança (NSA).

O documento não identifica quais são os 20 países nos quais a vigilância da NSA foi crucial para dissolver tentativas de ataque e cita apenas um caso, o da tentativa de atentado do afegão Nayibullah Zazi no metrô de Nova York em setembro de 2009.

A inteligência dos EUA garantiu ainda que os registros telefônicos de americanos que são recopilados graças a acordos como o da Verizon, revelado recentemente pelo jornal britânico 'The Guardian', são revisados apenas em um número limitado de casos.

Em 2012, por exemplo, foram revisados menos de 300 registros telefônicos de americanos, algo que só ocorreu nos casos em que esses dados estavam 'associados com organizações terroristas estrangeiras específicas', assegura o documento.

Além disso, a inteligência americana não recopila 'nenhuma informação sobre a localização dos telefones celulares', e toda a informação recopilada é destruída a cada cinco anos, acrescenta.

O documento explica também que todas as buscas na base de dados são documentadas e auditadas e só um 'pequeno número' de funcionários pode acessá-la.

O objetivo do programa é 'enfrentar a relação entre os esforços terroristas domésticos e estrangeiros que ficaram expostos nos ataques de 11 de setembro de 2001', segundo a inteligência americana.

O programa de vigilância da NSA causou polêmica depois que o 'The Guardian' revelou a existência de uma ordem secreta da Corte da Lei de Vigilância da Inteligência Estrangeira (Fisa) que forçava a Verizon a remeter à agência os registros diários de milhões de seus clientes, um acordo que também existe com outras duas grandes operadoras, AT&T e Sprint.

A NSA tem, além disso, um segundo programa, conhecido como PRISM, que lhe dá acesso aos servidores de nove empresas de internet, entre elas Google, Facebook e Microsoft, segundo o 'The Guardian'.

Esse segundo programa procura seguir a pista de estrangeiros que 'possam ter valor de inteligência', aponta o documento.

Os legisladores da Comissão de Inteligência do Senado tentarão conseguir uma lista completa dos ataques supostamente frustrados em mais de 20 países graças a estes programas a partir desta segunda-feira, segundo o jornal americano.

Em relação ao caso da tentativa de atentado no metrô de Nova York, o documento explica que a NSA captou uma comunicação entre um suspeito de terrorismo no Paquistão e uma pessoa desconhecida nos EUA e enviou essa informação ao FBI (polícia federal americana), que identificou o segundo indivíduo como Zazi.

A NSA buscou o número de telefone de Zazi na base de dados e pôde assim encontrar o contato de um de seus ajudantes e confirmar outra informação sobre ele, assinala o documento.

'Este êxito foi só um de muitos nos quais empregamos os recursos combinados destes programas, junto a outros, para proteger os americanos', afirma o escritório do DNI. EFE

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