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EUA: Governo elabora medida para cessar separação de famílias, diz AP

A informação é da agência de notícias Associated Press. Fontes não souberam informar se o presidente Trump assinará documento

Abrigos para imigrantes nos EUA: ao menos 2 mil crianças foram separadas de seus pais desde que política de "tolerância zero" entrou em vigor (Mike Blake/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 20 de junho de 2018 às 12h23.

Última atualização em 20 de junho de 2018 às 12h45.

São Paulo – O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos está elaborando uma ordem executiva que prevê a suspensão da separação de famílias de imigrantes que tentam cruzar a fronteira sul do país.

A informação foi revelada pela agência de notícias Associated Press, que ouviu duas fontes ligadas à secretária Kirstjen Nielsen. Essas pessoas, no entanto, não sabiam informar se o presidente americano, Donald Trump , assinará o documento.

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Ainda de acordo com a agência, Nielsen está a caminho da Casa Branca, onde irá se encontrar com o republicano para discutir a questão. A secretária, dizem as fontes, não crê que o Congresso irá agir para evitar que as separações continuem e está tentando solucionar o problema por meio de uma ordem executiva.

Prevista no Artigo 2 da Constituição dos EUA, essa ordem é uma ferramenta institucional com força de lei por meio da qual o presidente do país gerencia o Executivo. Desde que assumiu o posto, Trump assinou 75 delas.

Crise migratória x crise de imagem

Há cerca de seis semanas, uma ordem do procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, impôs uma política de "tolerância zero" contra imigrantes que tentavam atravessar para o país vindas do México. A medida prevê que toda e qualquer pessoa pega cruzando a fronteira seria processada. Como resultado, famílias foram separadas.

Desde então, ao menos 2 mil crianças foram retiradas de seus pais, que foram detidos em prisões, enquanto os filhos foram levados para abrigos do governo. Essa crise é uma das mais graves enfrentadas pela administração Trump e gerou críticas mundo afora.

A primeira-dama, Melania Trump, e o papa Francisco, são algumas das figuras que se manifestaram publicamente contra a política migratória.

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