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EUA classificam como "crime de guerra" ataque químico na Síria

Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, responsabilizou novamente o presidente sírio Bashar al-Assad pelo ataque

Síria: o presidente Bashar al-Assad declarou que o ataque químico de 4 de abril em Jan Sheijun é "100% uma fabricação" dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais (Ammar Abdullah/Reuters)
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AFP

Publicado em 13 de abril de 2017 às 19h39.

O ataque químico na Síria imputado ao governo de Bashar al Assad é um "crime de guerra", afirmou nesta quinta-feira a diplomacia americana, ao denunciar o conteúdo da entrevista exclusiva do presidente sírio à AFP.

"Lamentavelmente, trata-se de um típico Assad. Tenta lançar informações falsas", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, ao ser questionado sobre as acusações do presidente sírio, segundo as quais o suposto ataque químico de 4 de abril em Jan Sheijun é "100% uma fabricação" dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais.

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"Francamente, é uma tática que já vimos no passado por parte da Rússia", respondeu Toner durante sua coletiva de imprensa cotidiana.

Concordando com as acusações do secretário de Defesa James Mattis e do secretário de Estado Rex Tillerson, Toner reafirmou que "há poucas dúvidas sobre o fato de que os últimos ataques com armas químicas em Idlib foram (obra do) governo sírio, do regime sírio".

"Não se trata somente de uma violação das leis de guerra, mas, pensamos, de um crime de guerra", insistiu.

Durante sua visita na quarta-feira a Moscou, Tillerson disse à imprensa que algum dia o presidente sírio pode chegar a responder criminalmente por esses fatos, que não classificou explicitamente de "crimes de guerra", embora tenha reconhecido a existência de "muitos grandes obstáculos jurídicos" para isso.

Em uma entrevista exclusiva na quarta-feira à AFP em Damasco, Assad acusou o "Ocidente, principalmente os Estados Unidos", de ter "montado" o suposto ataque químico de Jan Sheijun, que provocou, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma ONG opositora ao governo sírio baseada em Londres, a morte de 87 civis nessa cidade rebelde.

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