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EUA advertem que negociação nuclear com Irã pode fracassar

"Serão tomadas decisões difíceis nos próximos dias, e ainda poderíamos ter um acordo esta semana", assinalou Kerry

"Serão tomadas decisões difíceis nos próximos dias, e ainda poderíamos ter um acordo esta semana", assinalou Kerry (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2015 às 16h13.

Viena - O secretário de Estado dos EUA , John Kerry, advertiu neste domingo que, embora a negociação nuclear entre as grandes potências e o Irã esteja mais perto do que nunca de finalizar em acordo, é preciso tomar rapidamente decisões importantes já que, caso contrário , o processo ainda pode fracassar.

"Serão tomadas decisões difíceis nos próximos dias, e se forem tomadas rapidamente, ainda poderíamos ter um acordo esta semana. Mas se não, não o teremos", assinalou Kerry.

"Ao longo dos últimos dias alcançamos, de fato, autênticos progressos. Mas quero ser absolutamente claro com todos. Ainda não chegamos aonde temos que estar em alguns dos temas mais difíceis", indicou o chefe da diplomacia americana à imprensa em Viena.

Kerry decidiu falar após as "especulações" de alguns meios nos últimos dias sobre acordos parciais em alguns dos temas mais espinhosos, como o calendário de levantamento das sanções ao Irã.

"Ainda estamos dentro do prazo, o que é nosso objetivo. Vamos exercer toda a pressão possível para alcançá-lo", disse Kerry, que insistiu que 7 de julho continua sendo a data limite para alcançar um acordo.

O chefe da diplomacia americana garantiu que, apesar da proximidade de um acordo após 20 meses de intensas negociações e de os Estados Unidos quererem uma saída negociada, seu governo só aceitará um "bom acordo".

"Se não temos um acordo, se houver total intransigência e falta de vontade de movimentar o que é importante, o presidente (Barack) Obama sempre disse, estamos prontos para sair (da mesa de negociações).

"Ninguém quer isso. Nós queremos um acordo. Mas queremos um bom acordo, só um bom acordo, não vamos limá-lo pelas margens só para ter um acordo", advertiu.

O secretário de Estado insistiu que o objetivo é cortar todas as opções do Irã de obter a bomba atômica.

O chamado Grupo 5+1 (China, EUA, França, Reino Unido, Rússia, mais a Alemanha) negocia com o Irã um acordo que limite seu programa nuclear de modo que não seja possível desenvolver armas, mas permitindo o uso civil da energia atômica.

Em troca, as sanções internacionais que estrangulam a economia iraniana serão canceladas.

Entre hoje e amanhã chegarão a Viena os outros ministros das Relações Exteriores do G5+1 para se unirem a Kerry e ao chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif, que têm mantido reuniões bilaterais quase diárias desde sábado, 27 de junho.

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Viena - O secretário de Estado dos EUA , John Kerry, advertiu neste domingo que, embora a negociação nuclear entre as grandes potências e o Irã esteja mais perto do que nunca de finalizar em acordo, é preciso tomar rapidamente decisões importantes já que, caso contrário , o processo ainda pode fracassar.

"Serão tomadas decisões difíceis nos próximos dias, e se forem tomadas rapidamente, ainda poderíamos ter um acordo esta semana. Mas se não, não o teremos", assinalou Kerry.

"Ao longo dos últimos dias alcançamos, de fato, autênticos progressos. Mas quero ser absolutamente claro com todos. Ainda não chegamos aonde temos que estar em alguns dos temas mais difíceis", indicou o chefe da diplomacia americana à imprensa em Viena.

Kerry decidiu falar após as "especulações" de alguns meios nos últimos dias sobre acordos parciais em alguns dos temas mais espinhosos, como o calendário de levantamento das sanções ao Irã.

"Ainda estamos dentro do prazo, o que é nosso objetivo. Vamos exercer toda a pressão possível para alcançá-lo", disse Kerry, que insistiu que 7 de julho continua sendo a data limite para alcançar um acordo.

O chefe da diplomacia americana garantiu que, apesar da proximidade de um acordo após 20 meses de intensas negociações e de os Estados Unidos quererem uma saída negociada, seu governo só aceitará um "bom acordo".

"Se não temos um acordo, se houver total intransigência e falta de vontade de movimentar o que é importante, o presidente (Barack) Obama sempre disse, estamos prontos para sair (da mesa de negociações).

"Ninguém quer isso. Nós queremos um acordo. Mas queremos um bom acordo, só um bom acordo, não vamos limá-lo pelas margens só para ter um acordo", advertiu.

O secretário de Estado insistiu que o objetivo é cortar todas as opções do Irã de obter a bomba atômica.

O chamado Grupo 5+1 (China, EUA, França, Reino Unido, Rússia, mais a Alemanha) negocia com o Irã um acordo que limite seu programa nuclear de modo que não seja possível desenvolver armas, mas permitindo o uso civil da energia atômica.

Em troca, as sanções internacionais que estrangulam a economia iraniana serão canceladas.

Entre hoje e amanhã chegarão a Viena os outros ministros das Relações Exteriores do G5+1 para se unirem a Kerry e ao chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif, que têm mantido reuniões bilaterais quase diárias desde sábado, 27 de junho.

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