EUA acusam programa nuclear iraniano de conter provocações
Segundo o país, ações do programa "transgridem as normas e os padrões" que qualquer país membro da AIEA deve cumprir
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2013 às 14h00.
Viena - Os Estados Unidos acusaram o programa nuclear iraniano de conter "ações provocadoras" que "transgridem as normas e os padrões" que qualquer país membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve cumprir.
Assim falou nesta quarta-feira o embaixador americano perante a AIEA, Joseph MacManus, em seu discurso no Conselho de Governadores da agência nuclear da ONU, no qual também advertiu que o Irã está se isolando cada vez mais da comunidade internacional.
MacManus se referia aos recentes anúncios feitos pelas autoridades iranianas sobre a modernização e a melhora de seu programa de enriquecimento de urânio, um material de possível duplo uso - militar e civil - ao tempo que Teerã se nega a conceder acesso a suas instalações aos inspetores da AIEA.
"O Irã ignorou inúmeras oportunidades de iniciar uma cooperação essencial com a AIEA para esclarecer esses assuntos pendentes, como as possíveis dimensões militares de seu programa nuclear", declarou o diplomata americano.
"Assim , o Irã pede mais isolamento, pressão e censura por parte da comunidade internacional, incluindo possíveis e novas ações da AIEA", concluiu MacManus.
Por sua parte, o embaixador iraniano perante o organismo internacional, Ali Asghar Soltanieh, respondeu que todas as acusações contra seu país "carecem de fundamento" e têm o único objetivo "manter a AIEA ocupada" na investigação do programa nuclear do Irã.
"Estamos comprometidos a dar continuidade ao diálogo com a AIEA, mas não podemos assinar um "cheque em branco" por razões de segurança nacional", destacou Soltanieh em relação às exigências da agência nuclear de ter acesso às instalações militares.
A AIEA suspeita que o Irã desenvolve na base militar de Parchin, situada nos arredores de Teerã, trabalhos clandestinos relacionados com seu programa atômico, algo que o Irã nega veemente.
O diplomata iraniano se referiu ao pedido da AIEA de ter acesso a essa base lembrando que "isso vai além do Tratado de Não-Proliferação", e que é preciso fechar um novo acordo para essa visita ser autorizada.
"Não podemos simplesmente abrir qualquer instalação militar sem critério algum", justificou Soltanieh.
A AIEA negocia há mais de um ano, sem sucesso, sobre o chamado "procedimento estruturado" para esclarecer as possíveis dimensões militares do programa nuclear iraniano, que inclui o acesso às instalações militares e aos especialistas iranianos.
O ocidente, liderado pelos Estados Unidos e pela União Europeia, acusa o Irã de estar desenvolvendo um programa nuclear militar com a desculpa de supostas atividades civis.
Teerã, por sua vez, nega estas acusações, embora também não conceda acesso aos analistas da AIEA - que averiguam o programa nuclear iraniano há dez anos - para poder dar garantias sobre os objetivos pacíficos de seu programa nuclear.
Viena - Os Estados Unidos acusaram o programa nuclear iraniano de conter "ações provocadoras" que "transgridem as normas e os padrões" que qualquer país membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve cumprir.
Assim falou nesta quarta-feira o embaixador americano perante a AIEA, Joseph MacManus, em seu discurso no Conselho de Governadores da agência nuclear da ONU, no qual também advertiu que o Irã está se isolando cada vez mais da comunidade internacional.
MacManus se referia aos recentes anúncios feitos pelas autoridades iranianas sobre a modernização e a melhora de seu programa de enriquecimento de urânio, um material de possível duplo uso - militar e civil - ao tempo que Teerã se nega a conceder acesso a suas instalações aos inspetores da AIEA.
"O Irã ignorou inúmeras oportunidades de iniciar uma cooperação essencial com a AIEA para esclarecer esses assuntos pendentes, como as possíveis dimensões militares de seu programa nuclear", declarou o diplomata americano.
"Assim , o Irã pede mais isolamento, pressão e censura por parte da comunidade internacional, incluindo possíveis e novas ações da AIEA", concluiu MacManus.
Por sua parte, o embaixador iraniano perante o organismo internacional, Ali Asghar Soltanieh, respondeu que todas as acusações contra seu país "carecem de fundamento" e têm o único objetivo "manter a AIEA ocupada" na investigação do programa nuclear do Irã.
"Estamos comprometidos a dar continuidade ao diálogo com a AIEA, mas não podemos assinar um "cheque em branco" por razões de segurança nacional", destacou Soltanieh em relação às exigências da agência nuclear de ter acesso às instalações militares.
A AIEA suspeita que o Irã desenvolve na base militar de Parchin, situada nos arredores de Teerã, trabalhos clandestinos relacionados com seu programa atômico, algo que o Irã nega veemente.
O diplomata iraniano se referiu ao pedido da AIEA de ter acesso a essa base lembrando que "isso vai além do Tratado de Não-Proliferação", e que é preciso fechar um novo acordo para essa visita ser autorizada.
"Não podemos simplesmente abrir qualquer instalação militar sem critério algum", justificou Soltanieh.
A AIEA negocia há mais de um ano, sem sucesso, sobre o chamado "procedimento estruturado" para esclarecer as possíveis dimensões militares do programa nuclear iraniano, que inclui o acesso às instalações militares e aos especialistas iranianos.
O ocidente, liderado pelos Estados Unidos e pela União Europeia, acusa o Irã de estar desenvolvendo um programa nuclear militar com a desculpa de supostas atividades civis.
Teerã, por sua vez, nega estas acusações, embora também não conceda acesso aos analistas da AIEA - que averiguam o programa nuclear iraniano há dez anos - para poder dar garantias sobre os objetivos pacíficos de seu programa nuclear.