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EUA acusam EI e Assad de barbárie contra tesouros culturais

Confrontos entre forças de Assad e rebeldes danificaram sítios e edificações históricos em toda a Síria

Destruição na Síria: houve pilhagem ilegal de artefatos de sítios arqueológicos durante a guerra (Louai Beshara/AFP)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 08h54.

Nova York - O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry , culpou na segunda-feira militantes do Estado Islâmico e o presidente sírio, Bashar al-Assad , pela destruição de tesouros culturais na Síria e no Iraque, descrevendo suas atitudes como “uma barbárie feia, selvagem, inexplicável e medíocre".

Kerry mudou a agenda de reuniões focadas na derrota de forças do Estado Islâmico para comparecer a um programa intitulado “Herança em Perigo: Iraque e Síria”, no Metropolitan Museum of Art, em Nova York.

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O evento aconteceu poucas horas antes de os EUA anunciarem que haviam conduzido ataques aéreos dentro da Síria contra forças do Estado Islâmico (EIIL), grupo rebelde que tomou grandes faixas de território no Iraque e na Síria e proclamou um califado.

Eles são acusados de massacre de civis, decapitações e outras violações de direitos humanos.

Confrontos entre forças de Assad e rebeldes danificaram sítios e edificações históricos em toda a Síria. Houve também pilhagem ilegal de artefatos de sítios arqueológicos durante a guerra civil no país, que já dura mais de três anos.

“Tesouros antigos no Iraque e na Síria agora se tornaram vítimas da contínua prática de guerra e saques”, disse Kerry no evento. “E nenhum grupo fez mais para colocar nossa compartilhada herança cultural na mira de armas do que o EIIL”.

O evento também marcou a abertura de uma exibição sobre arte islâmica, intitulada “Da Assíria à Ibéria no Alvorecer da Era Clássica”, que apresenta cerca de 260 trabalhos de arte emprestados pelas principais coleções na Europa, no Cáucaso, no Oriente Médio, no Norte da África e nos EUA.

Kerry apareceu no evento ao lado do arqueólogo Michael Danti, que passou mais de duas décadas pesquisando os tesouros culturais da Síria até o começo do conflito, e da chefe da Unesco, Irina Bokova.

Os EUA congelaram o financiamento à Unesco em 2011 após a entidade ter admitido a Autoridade Palestina como membro integral.

“A destruição de sua herança é um insulto final proposital, e outro exemplo do mal implacável do EIIL”, disse Kerry.

Ele afirmou que a destruição de santuários, estátuas históricas e templos tanto na Síria quanto no Iraque equivale à “barbárie cultural em sua pior forma”.

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