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EUA acusam Abbas de insultar Trump e de não ser capaz de negociar

O líder palestino considerou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por parte dos EUA como uma "bofetada na cara"

Trump: "Ele rejeitou qualquer papel americano nas negociações de paz", disse a diplomata americana (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 16h22.

Nações Unidas - A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, acusou nesta quinta-feira o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de insultar o presidente americano, Donald Trump , e de não ter "valores" para buscar a paz com Israel.

Haley criticou com firmeza um discurso feito neste mês por Abbas. O líder palestino considerou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por parte dos EUA como uma "bofetada na cara".

"Ele rejeitou qualquer papel americano nas negociações de paz. Insultou o presidente americano. Pediu a suspensão do reconhecimento de Israel", disse a embaixadora americana em um discurso no Conselho de Segurança da ONU.

Haley acusou, além disso, Abbas de usar um "passado feio e fictício" para classificar Israel de um "projeto colonial desenhado pelas potências europeias".

"Um discurso que faz parte de indignantes e desacreditadas teorias da conspiração não é o discurso de uma pessoa com valor e vontade de buscar a paz", destacou Haley.

A embaixadora americana disse que os EUA continuam comprometidos a trabalhar para a recuperação no Oriente Médio, mas deixou claro que uma solução negociada requer compromissos.

"Fazer discursos cheios de ódio e se esquivar das negociações não nos levam a lugar nenhum", criticou a embaixadora americana.

A diplomata americana disse acreditar que Abbas pode ser um tipo de líder capaz de promover a paz na região, mas ressaltou que suas ações recentes "mostram o contrário".

Haley discurso em um debate sobre o conflito entre Israel e Palestina pouco depois de um encontro de Trump com o primeiro-ministro israelense, Bejamin Netanyahu, em Davos, na Suíça.

Após o encontro, Trump ameaçou suspender a ajuda aos palestinos e criticou as lideranças da ANP por terem "desrespeitado" o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, por se negarem a recebê-lo durante uma recente visita na região.

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