Imagem divulgada pelo Estado Islâmico em redes sociais (REUTERS/Social Media Website)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2015 às 09h57.
Beirute - Combatentes do Estado Islâmico lançaram ataques simultâneos contra o governo sírio e milícias curdas durante a noite, voltando a assumir ações ofensivas depois de perder terreno nos últimos dias para forças lideradas pelos curdos perto da capital de seu “califado”.
Depois de recentes derrotas para forças curdas apoiadas por ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos, o Estado Islâmico procurou retomar a iniciativa com investidas contra a cidade curda iraquiana de Kobani, na fronteira turca, e áreas controladas pelo governo sírio em Hasaka, no nordeste da Síria.
Em uma ofensiva separada na multifacetada guerra civil síria, uma aliança de rebeldes no sul do país também lançou na quarta-feira um ataque com o objetivo de expulsar as forças do governo da cidade de Deraa.
Os ataques do Estado Islâmico ocorrem duas semanas depois do avanço contínuo dos curdos no território sob controle desse grupo linha-dura islamita, chegando a uma distância de 50 quilômetros de sua capital de facto, Raqqa, numa ação que os Estados Unidos consideraram um sucesso.
Os Estados Unidos e seus aliados europeus e árabes vêm bombardeando desde o ano passado o Estado Islâmico para tentar esmagar o grupo, que há um ano proclamou um califado para governar todos os muçulmanos do território da Síria e do Iraque.
A campanha liderada pelos Estados Unidos enfrentou sérios reveses no mês passado, quando o Estado islâmico se apoderou de importantes cidades na Síria e Iraque.
O mais recente avanço curdo na Síria novamente alterou o jogo de forças em detrimento dos jihadistas, mas os combatentes do Estado Islâmico costumam adotar a tática de avançar em outros lugares quando perdem terreno em alguma área.
Um ataque separado do Estado Islâmico na quarta-feira em Kobani, também conhecida como Ayn al-Arab, começou com pelo menos um carro-bomba em uma área perto da fronteira com a Turquia, disseram autoridades curdas e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, entidade de observação do conflito.
Combatentes do Estado Islâmico estavam lutando com forças curdas na própria cidade.