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Esquerda latina pede união contra o neoliberalismo na região

Intelectuais latino-americanos pediram que a região se mantenha unida frente ao neoliberalismo durante fórum em Buenos Aires

Bandeiras de países latino-americanos: "a divisão nos conduzirá novamente ao colonialismo", disse especialista (Norberto Duarte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 22h55.

Buenos Aires - Intelectuais latino-americanos pediram nesta sexta-feira que a região se mantenha unida frente ao neoliberalismo durante o "Fórum Emancipação e Igualdade", organizado pelo governo argentino em Buenos Aires .

"A divisão nos conduzirá novamente ao colonialismo. Os problemas de cada país devem ser os problemas de todos os outros países. As mudanças que conquistamos na última década devem ser irreversíveis", disse hoje o escritor e analista político venezuelano Vladimir Acosta.

Acosta criticou a "ameaça" que a Venezuela sofre "por parte do imperialismo americano" e pediu firmeza à esquerda para impedir o avanço dos Estados Unidos no continente.

O economista e atual Secretário de Educação Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação do Equador, René Ramírez, convocou os representantes da nova esquerda a "abandonarem o romantismo de que se pode mudar o mundo sem conquistar o poder".

"Para mudar o mundo é preciso chegar ao poder. De outra maneira, se trata de uma esquerda infantil", opinou.

Para Ramírez, "o capitalismo está vigente, existe e ficará por muito tempo", motivo pelo qual encorajou os presentes a pensarem coletivamente em "como vamos submetê-lo e como vamos combatê-lo".

Já Gabriela Montaño Viaña, presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia e militante de direitos humanos, iniciou seu discurso com um pedido do presidente Evo Morales a seu colega americano, Barack Obama, para que se desculpe com a Venezuela e com a América Latina por sua agressão.

Além disso, Gabriela defendeu a reforma constitucional empreendida por Morales por significar "um novo pacto social e político" e pediu que a esquerda latino-americana levasse em conta dois grupos "estratégicos": as mulheres e os jovens.

O fórum foi inaugurado ontem com a participação de intelectuais da América e Europa, como Noam Chomsky, Gianni Vattimo e Ignacio Ramonet.

Também marcaram presença o secretário político do partido espanhol Podemos, Iñigo Errejón; o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, a ativista e ex-senadora colombiana Piedad Córdoba e a deputada chilena Camila Vallejo, entre outros.

O objetivo da reunião, que termina neste sábado, é impulsionar a reflexão e o debate com representantes do antiliberalismo.

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Buenos Aires - Intelectuais latino-americanos pediram nesta sexta-feira que a região se mantenha unida frente ao neoliberalismo durante o "Fórum Emancipação e Igualdade", organizado pelo governo argentino em Buenos Aires .

"A divisão nos conduzirá novamente ao colonialismo. Os problemas de cada país devem ser os problemas de todos os outros países. As mudanças que conquistamos na última década devem ser irreversíveis", disse hoje o escritor e analista político venezuelano Vladimir Acosta.

Acosta criticou a "ameaça" que a Venezuela sofre "por parte do imperialismo americano" e pediu firmeza à esquerda para impedir o avanço dos Estados Unidos no continente.

O economista e atual Secretário de Educação Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação do Equador, René Ramírez, convocou os representantes da nova esquerda a "abandonarem o romantismo de que se pode mudar o mundo sem conquistar o poder".

"Para mudar o mundo é preciso chegar ao poder. De outra maneira, se trata de uma esquerda infantil", opinou.

Para Ramírez, "o capitalismo está vigente, existe e ficará por muito tempo", motivo pelo qual encorajou os presentes a pensarem coletivamente em "como vamos submetê-lo e como vamos combatê-lo".

Já Gabriela Montaño Viaña, presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia e militante de direitos humanos, iniciou seu discurso com um pedido do presidente Evo Morales a seu colega americano, Barack Obama, para que se desculpe com a Venezuela e com a América Latina por sua agressão.

Além disso, Gabriela defendeu a reforma constitucional empreendida por Morales por significar "um novo pacto social e político" e pediu que a esquerda latino-americana levasse em conta dois grupos "estratégicos": as mulheres e os jovens.

O fórum foi inaugurado ontem com a participação de intelectuais da América e Europa, como Noam Chomsky, Gianni Vattimo e Ignacio Ramonet.

Também marcaram presença o secretário político do partido espanhol Podemos, Iñigo Errejón; o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, a ativista e ex-senadora colombiana Piedad Córdoba e a deputada chilena Camila Vallejo, entre outros.

O objetivo da reunião, que termina neste sábado, é impulsionar a reflexão e o debate com representantes do antiliberalismo.

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