Mundo

Espionagem estoura próximo das eleições da Nova Zelândia

Escândalo de uma suposta espionagem em massa aos cidadãos sacode a Nova Zelândia a poucos dias das eleições


	Bandeira da Nova Zelândia: governo nega espionagem
 (Getty Images)

Bandeira da Nova Zelândia: governo nega espionagem (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 09h24.

Sydney - O escândalo de uma suposta espionagem em massa aos cidadãos, que o governo nega, sacode a Nova Zelândia a poucos dias das eleições gerais nas quais o primeiro-ministro conservador, John Key, é favorito.

O jornalista americano Glenn Greenwald deve divulgar hoje informação proporcionada pelo ex-espião americano Edward Snowden sobre a coleta em massa de dados por parte do Escritório Governamental de Segurança nas Comunicações (GCSB), dentro da aliança dos "Cinco olhos".

"Minha fonte, Edward Snowden, à margem do que se pense dele, sempre demonstrou ser preciso. Ele assegura que uma grande quantidade de metadata dos neozelandeses alimentou o programa "Cinco Olhos"", disse hoje Greenwald à "Radio New Zealand", em referência ao acordo secreto que une Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Esses documentos serão apresentados na conferência "Momento da Verdade", na cidade neozelandesa de Auckland, organizada pelo empresário do setor de informática alemão Kim Dotcom, a quem os EUA querem extraditar por suposta pirataria eletrônica e que foi espionado ilegalmente pela GCSB.

O primeiro-ministro neozelandês ressaltou que nem a GCSB nem seus parceiros dos "Cinco Olhos" colheram dados maciços dos neozelandeses e se comprometeu a desclassificar documentos para respaldar seu argumento, segundo a emissora neozelandesa.

Key esclareceu que as acusações de Greenwald se referem a uma proposta para coletar dados que previnam ciberataques, um plano que apesar de ter sido considerado, disse, nunca foi iniciado.

Na conferência "Momento da Verdade", na qual Julian Assange participará por videoconferência, Dotcom também pretende revelar um suposto plano de Key para outorgar-lhe residência neozelandesa, antes de sua detenção em 2012, para poder extraditá-lo para os EUA.

Key assegurou em várias oportunidades que não sabia da existência de Dotcom até o dia de sua detenção nos arredores de Auckland.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEscândalosEspionagemFraudesNova ZelândiaPaíses ricos

Mais de Mundo

Primeiro-ministro da Austrália critica Elon Musk por chamar governo de "fascista"

Praias, jardinagem e churrascos: como era vida de Fujimori no Chile antes da extradição para o Peru

Por que a saída de Kennedy deixou as pesquisas nos EUA mais confiáveis?

China promove reforma de aposentadoria