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Espero não ter que enviar tropas à Ucrânia, diz Putin

O presidente da Rússia garantiu que espera não ter que fazer uso desse direito, aprovado em março pelo Senado russo

Putin fala ao vivo pela televisão em seu tradicional programa Linha Direta com Vladimir Putin (REUTERS/Alexei Nikolskyi/RIA Novosti/Kremlin)

Putin fala ao vivo pela televisão em seu tradicional programa Linha Direta com Vladimir Putin (REUTERS/Alexei Nikolskyi/RIA Novosti/Kremlin)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 08h06.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que espera não ter que fazer uso do direito, aprovado em março pelo Senado russo, de enviar tropas para a Ucrânia

"Confio muito em não ter que usar este direito e que com meios políticos e diplomáticos conseguiremos resolver estes graves, por que não dizer gravíssimos problemas de hoje na Ucrânia", afirmou Putin ao vivo pela televisão em seu tradicional programa "Linha Direta", no qual responde perguntas dos cidadãos.

Putin fez a declaração ao responder uma pergunta sobre a possibilidade do envio de soldados russos para o sudeste da Ucrânia. Justamente hoje começou em Genebra as negociações a quatro lados entre Rússia, Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia sobre a crise na região.

Em 1º de março, o presidente pediu e recebeu do Senado autorização para o uso do exército em território da Ucrânia depois que os dirigentes pró-Rússia da Crimeia, anexada pela Rússia em 21 de março, solicitaram ajuda militar a Moscou.

Putin afirmou que a chave para a solução da crise ucraniana é a garantia dos direitos dos cidadãos que falam russo no país, grande parte deles de etnia russa.

"Não se trata de realizar um referendo sobre descentralização e federalização, e depois eleições, e seguidamente mudar o modelo de estado. Trata-se de garantir os direitos legais e os interesses dos russos e dos cidadãos que falam russo do sudeste da Ucrânia", disse.

Putin lembrou que seis regiões do sudeste da Ucrânia (Kharkiv, Donetsk, Lugansk, Jerson, Odessa e Nikolayevsk) pertenciam ao império czarista até serem concedidas nos anos 20 pelas autoridades soviéticas para o país vizinho.

"Por que fizeram isso? Deus sabe...", disse o presidente.

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