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Desastre nuclear no Japão poderia ser evitado

Especialistas chegaram a essa conclusão após um inquérito sobre o pior acidente nuclear do mundo em 25 anos

Fukushima: a descoberta pode ter sérias implicações nas usinas nucleares do Japão, que pretende religar seus reatores (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 08h33.

Tóquio - A crise nuclear japonesa de Fukushima era um desastre possível de se prevenir que aconteceu em consequência da negligência do governo, dos órgãos reguladores e dos operadores da usina, disse um painel de especialistas nesta quinta-feira, ao concluir um inquérito sobre o pior acidente nuclear do mundo em 25 anos.

Os danos causados por um terremoto seguido de tsunami em 11 de março de 2011, e não apenas o tsunami propriamente dito, não podem ser descartados como causa do acidente, acrescentou o painel. A descoberta pode ter sérias implicações nas usinas nucleares do Japão, que pretende religar seus reatores.

O painel também criticou a resposta da empresa operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co (Tepco), dos órgãos reguladores e do então primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, que deixou o poder no ano passado após críticas por sua reação ao desastre natural que provou uma enorme crise no país.

"O... acidente na Usina de Energia Nuclear de Fukushima foi resultado de conluio entre o governo, os reguladores e a Tepco, e a falta de governança pelas partes ditas", disse o painel em um resumo do relatório de 641 páginas.

Os reguladores, segundo o painel, foram relutantes em adotar padrões de segurança globais que poderiam ter ajudado a prevenir o desastre, no qual os reatores foram atingidos provocando vazamento de radiação e obrigando 150 mil pessoas a deixar suas casas -- algumas delas sem jamais poder voltar.

"A Comissão encontrou ignorância e arrogância imperdoáveis para qualquer pessoas ou organização que trata de energia nuclear. Encontramos negligência de práticas globais e negligência com a segurança pública", disse o painel.

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Os danos causados por um terremoto seguido de tsunami em 11 de março de 2011, e não apenas o tsunami propriamente dito, não podem ser descartados como causa do acidente, acrescentou o painel. A descoberta pode ter sérias implicações nas usinas nucleares do Japão, que pretende religar seus reatores.

O painel também criticou a resposta da empresa operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co (Tepco), dos órgãos reguladores e do então primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, que deixou o poder no ano passado após críticas por sua reação ao desastre natural que provou uma enorme crise no país.

"O... acidente na Usina de Energia Nuclear de Fukushima foi resultado de conluio entre o governo, os reguladores e a Tepco, e a falta de governança pelas partes ditas", disse o painel em um resumo do relatório de 641 páginas.

Os reguladores, segundo o painel, foram relutantes em adotar padrões de segurança globais que poderiam ter ajudado a prevenir o desastre, no qual os reatores foram atingidos provocando vazamento de radiação e obrigando 150 mil pessoas a deixar suas casas -- algumas delas sem jamais poder voltar.

"A Comissão encontrou ignorância e arrogância imperdoáveis para qualquer pessoas ou organização que trata de energia nuclear. Encontramos negligência de práticas globais e negligência com a segurança pública", disse o painel.

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