Espanha prevê recuperar confiança de investidores em 2013
Ministro previu ainda que se continuarem se dissipando as dúvidas sobre o euro, o prêmio de risco espanhol ficará abaixo dos 300 pontos básicos
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2013 às 12h09.
Madri - O ministro da Economia da Espanha , Luis de Guindos, prevê uma recuperação da confiança dos investidores na Espanha em 2013 e se mostra convicto de que os bancos estatizados devolverão as ajudas que receberam.
'O futuro se apresenta muito melhor do que há um ano', disse neste domingo De Guindos em entrevista à Agência EFE, na qual garantiu que 'os fundamentos da economia espanhola são sólidos' e o Tesouro do país 'poderá fazer frente às volatilidades e às situações de incerteza que possam aparecer a curto prazo'.
O ministro previu ainda que se continuarem se dissipando as dúvidas sobre o euro, o prêmio de risco espanhol - diferença entre o bônus espanhol a 10 anos e o alemão com o mesmo prazo - ficará abaixo dos 300 pontos básicos.
O prêmio de risco, considerado o termômetro da confiança dos investidores na economia do país, se situava na sexta-feira em 368 pontos básicos, após subir acima da barreira de 400 pontos como reação aos resultados das eleições italianas da semana passada, e inclusive chegou a superar os 600 pontos nos piores momentos da crise, em 2012.
A crise na Espanha teve origem na explosão da 'bolha imobiliária' decorrente de outra que estourou nos Estados Unidos após o colapso do banco de investimentos Lehman Brothers em 2008, cuja onda expansiva atingiu duramente a Europa.
Os ajustes e cortes exigidos pela Comissão Europeia e realizados pelo governo de Mariano Rajoy e a persistente recessão econômica dispararam o índice de desemprego, que em fevereiro alcançou o nível recorde de 26% da população ativa, tornando-se o segundo mais alto na União Europeia, atrás apenas da Grécia.
De Guindos calcula que, para 2013, a economia espanhola se contrairá 0,5% do PIB, uma estimativa mais otimista que as dos organismos internacionais, e que o perfil do ano em curso 'vai ser positivo'.
O ministro ressaltou que, como a própria Comissão Europeia (CE) disse, em 2013 a Espanha não precisará mais de ajustes econômicos, e lembrou que a estratégia do governo espanhol é tentar fazer compatível a redução ineludível do déficit público com a promessa de que a alta do imposto de renda das pessoas físicas seria revertida em 2014. Quanto ao déficit, De Guindos declarou que em 2013 haverá uma 'grande' redução adicional sobre a taxa de 6,7% de 2012.
Para 2014 e 2015, 'já com crescimentos positivo', o governo tem prevista uma redução adicional do desequilíbrio entre receitas e despesas das administrações públicas.
Assim, o Executivo espanhol prevê um crescimento da economia no próximo ano, unido a uma melhora do entorno econômico internacional, com um impacto positivo para a consolidação orçamentária e a criação de empregos.
De Guindos também está convicto de que a evolução dos juros da dívida pública serão mais favoráveis por uma melhor percepção internacional da Espanha.
Neste sentido, o ministro reconheceu que os recentes casos de corrupção 'não são positivos' para a imagem do país, mas se mostrou confiante de que não terão muito impacto, porque, segundo disse, 'não é uma questão' para os investidores internacionais, já que nos vários contatos que tem com eles não recebeu 'muitas perguntas' sobre o tema.
Como resultado do processo de saneamento do sistema financeiro espanhol, De Guindos ressaltou que 'não existe nenhum sistema bancário na Europa com o grau de transparência da Espanha'.
A Espanha recebeu até agora cerca de 41 bilhões de euros da linha de crédito de até 100 bilhões que seus parceiros de União Europeia colocaram em julho do ano passado à disposição para promover a reestruturação dos bancos com problemas. EFE
Madri - O ministro da Economia da Espanha , Luis de Guindos, prevê uma recuperação da confiança dos investidores na Espanha em 2013 e se mostra convicto de que os bancos estatizados devolverão as ajudas que receberam.
'O futuro se apresenta muito melhor do que há um ano', disse neste domingo De Guindos em entrevista à Agência EFE, na qual garantiu que 'os fundamentos da economia espanhola são sólidos' e o Tesouro do país 'poderá fazer frente às volatilidades e às situações de incerteza que possam aparecer a curto prazo'.
O ministro previu ainda que se continuarem se dissipando as dúvidas sobre o euro, o prêmio de risco espanhol - diferença entre o bônus espanhol a 10 anos e o alemão com o mesmo prazo - ficará abaixo dos 300 pontos básicos.
O prêmio de risco, considerado o termômetro da confiança dos investidores na economia do país, se situava na sexta-feira em 368 pontos básicos, após subir acima da barreira de 400 pontos como reação aos resultados das eleições italianas da semana passada, e inclusive chegou a superar os 600 pontos nos piores momentos da crise, em 2012.
A crise na Espanha teve origem na explosão da 'bolha imobiliária' decorrente de outra que estourou nos Estados Unidos após o colapso do banco de investimentos Lehman Brothers em 2008, cuja onda expansiva atingiu duramente a Europa.
Os ajustes e cortes exigidos pela Comissão Europeia e realizados pelo governo de Mariano Rajoy e a persistente recessão econômica dispararam o índice de desemprego, que em fevereiro alcançou o nível recorde de 26% da população ativa, tornando-se o segundo mais alto na União Europeia, atrás apenas da Grécia.
De Guindos calcula que, para 2013, a economia espanhola se contrairá 0,5% do PIB, uma estimativa mais otimista que as dos organismos internacionais, e que o perfil do ano em curso 'vai ser positivo'.
O ministro ressaltou que, como a própria Comissão Europeia (CE) disse, em 2013 a Espanha não precisará mais de ajustes econômicos, e lembrou que a estratégia do governo espanhol é tentar fazer compatível a redução ineludível do déficit público com a promessa de que a alta do imposto de renda das pessoas físicas seria revertida em 2014. Quanto ao déficit, De Guindos declarou que em 2013 haverá uma 'grande' redução adicional sobre a taxa de 6,7% de 2012.
Para 2014 e 2015, 'já com crescimentos positivo', o governo tem prevista uma redução adicional do desequilíbrio entre receitas e despesas das administrações públicas.
Assim, o Executivo espanhol prevê um crescimento da economia no próximo ano, unido a uma melhora do entorno econômico internacional, com um impacto positivo para a consolidação orçamentária e a criação de empregos.
De Guindos também está convicto de que a evolução dos juros da dívida pública serão mais favoráveis por uma melhor percepção internacional da Espanha.
Neste sentido, o ministro reconheceu que os recentes casos de corrupção 'não são positivos' para a imagem do país, mas se mostrou confiante de que não terão muito impacto, porque, segundo disse, 'não é uma questão' para os investidores internacionais, já que nos vários contatos que tem com eles não recebeu 'muitas perguntas' sobre o tema.
Como resultado do processo de saneamento do sistema financeiro espanhol, De Guindos ressaltou que 'não existe nenhum sistema bancário na Europa com o grau de transparência da Espanha'.
A Espanha recebeu até agora cerca de 41 bilhões de euros da linha de crédito de até 100 bilhões que seus parceiros de União Europeia colocaram em julho do ano passado à disposição para promover a reestruturação dos bancos com problemas. EFE