Ucrânia: o país enfrenta um desequilibro no fornecimento de gás de entre 15 milhões e 20 milhões de metros cúbicos (Bloomberg/Bloomberg)
EFE
Publicado em 2 de março de 2018 às 14h26.
Kiev - A Ucrânia ordenou nesta sexta-feira o fechamento temporário de escolas e creches em todo seu território para economizar no consumo de gás, depois que a Rússia decidiu interromper o fornecimento a este país.
"Decidimos deter completamente o trabalho em instituições educativas de pré-escola, escolas e instituições de educação superior até 6 de março", disse hoje o ministro de Energia ucraniano, Igor Nasalik, em declarações à imprensa.
Esta medida foi tomada na reunião de um gabinete de crise depois que o gigante energético russo Gazprom decidiu romper os contratos de fornecimento e transporte de gás com a Ucrânia após a sentença emitida ontem pelo Tribunal Arbitragem de Estocolmo.
O veredito obriga a Gazprom a compensar a empresa ucraniana Naftogaz com US$ 4,63 bilhões por um transporte de gás para a União Europeia (UE) menor que o estabelecido no contrato assinado entre ambos países.
Segundo o Ministério de Energia, a Ucrânia enfrenta um desequilibro no fornecimento de gás de entre 15 milhões e 20 milhões de metros cúbicos, no meio de uma grande tempestade de neve e temperaturas que nestes dias alcançaram 15 graus abaixo de zero em muitas regiões do país.
Por este motivo, criou um "plano de ação nacional" para assegurar que a temperatura nas instituições educativas se encontra nos "padrões mínimos aceitáveis" e se propõe a analisar as instalações de produção de hidrocarboneto com a condição de economizar recursos de gás.
Em particular, as companhias produtoras passarão a utilizar fuelóleo ao invés de gás, o que permitirá economizar entre 15 bilhões e 20 bilhões de metros cúbicos de gás por dia até nivelar as reservas.
Por sua parte, a ucraniana Naftogaz qualificou hoje a decisão da Rússia como "chantagem" e pediu que os cidadãos reduzam a temperatura dos lares nos próximos dias para enfrentar a falta de fornecimento.