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Escoceses votam em referendo sobre destino do Reino Unido

Pesquisas de opinião mostraram que centenas de milhares deles ainda estavam em dúvida sobre a independência do país

Escócia: eleitores devem responder "sim" ou "não" à pergunta: "A Escócia deve ser um país independente?" (Paul Hackett/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 11h07.

Edimburgo - A Escócia votou em um referendo nesta quinta-feira para escolher entre o fim de uma união de 307 anos com a Inglaterra, para se tornar um país independente, ou continuar dentro do Reino Unido - uma decisão que pode ter consequências no mundo inteiro.

Desde as remotas terras altas e ilhas até as grandes cidades como Glasgow, as pessoas estavam igualmente divididas sobre uma votação observada de perto por aliados da Grã-Bretanha, investidores e regiões com anseios separatistas, locais e internacionais.

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Pesquisas de opinião antes da votação indicavam que a campanha pelo “Não”, ou seja, aqueles a favor da permanência da Escócia no Reino Unido, tinha uma pequena vantagem.

Cinco pesquisas mostraram o apoio pela independência com 48 por cento dos votos, ante apoio de 52 por cento para a união, ao passo que uma outra pesquisa mostrou um resultado mais apertado, de 49 a 51 por cento.

As pesquisas também mostraram que cerca de 600 mil eleitores estavam indecisos, o que poderia mudar a situação para qualquer lado.

O resultado é esperado para a manhã de sexta-feira. Uma última pesquisa, da Ipsos Mori para o jornal London Evening Standard, divulgada nesta quinta-feira, quando a votação já estava em andamento, indicou que o apoio para permanecer no Reino Unido estava em 53 por cento, e o dos partidários da independência, em 47 por cento.

O tenista Andy Murray enviou uma poderosa mensagem em apoio à independência e o voto ao “Sim”, publicando no Twitter: “Vamos fazer isso”, após meses de silêncio em sua rede social.

Muitas pessoas veem a escolha como sendo entre “corações e mentes” - considerando se as orientações emocionais poderiam superar as preocupações práticas sobre os riscos e incertezas que um país independente enfrentaria.

A questão tem dividido famílias, amigos e casais, mas também eletrizou o país de 5,3 milhões de pessoas durante os meses de debate.

Nas últimas horas antes da abertura dos colégios eleitorais, líderes de ambos os lados instaram os escoceses a participar da história e responder “Sim" ou “Não" à questão: “Deve a Escócia ser um país independente?".

“Esperei toda a minha vida por isso”, disse o primeiro eleitor no colégio eleitoral de Waverley Court, em Edimburgo, uma empresário que se identificou apenas como Ron. “É hora de romper com a Inglaterra. ‘Sim' para a independência.”

Ao falar, alguns trabalhadores que passavam por perto gritavam “Vote Não!”. Alex Salmond, o líder nacionalista de 59 anos, disse a centenas de apoiadores em Perth, em um último comício: “O futuro da Escócia está nas mãos da Escócia." “Esta é a oportunidade de toda uma vida e devemos pegá-la com ambas as mãos."

Atualizado às 11h06

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