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Enviado do Vaticano é recebido em universidade sunita

Um aquecimento das relações entre o Vaticano e o mundo muçulmano passou a ser perceptível depois da eleição do Papa Francisco, em março

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h16.

Vaticano - Em um gesto de aproximação com a Igreja Católica, a grande universidade sunita Al-Azhar do Cairo recebeu nesta terça-feira o número dois do Conselho Pontifício para o Diálogo Interreligioso, indicou o Vaticano.

O bispo Miguel Angel Ayuso Guixot, secretário do Conselho Pontifício, acompanhado do núncio para o Egito, o bispo Jean-Paul Gobel, foram recebidos por um colaborador do grande imã Ahmad al-Tayyeb.

Um aquecimento das relações entre o Vaticano e o mundo muçulmano passou a ser perceptível depois da eleição do Papa Francisco, em março.

No início de 2011, a universidade rompeu relações com a Igreja em resposta às declarações de Bento XVI, que, aparentemente, associou o terrorismo ao Islã.

O encontro desta terça, com duração de 45 minutos, foi "muito positivo e construtivo", declarou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, que viu um sinal de "disponibilidade para uma restauração das relações" da parte de al-Azhar.

Os representantes da Santa Sé entregaram às autoridades sunitas uma mensagem do cardeal francês Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício. "As perspectivas são animadoras", comentou Lombardi, citando uma "boa notícia".

Várias medidas foram adotadas no sentido de uma retomada do diálogo entre as duas partes. Em 17 de setembro, o bispo Gobel foi recebido pelo grande imã Al-Tayyeb.

Na ocasião, o núncio transmitiu a ele uma mensagem de Francisco, na qual ele insistia no respeito da Santa Sé pelo Islã.

Em junho passado, o conselheiro diplomático do grande imã afirmou que esperava "um passo adiante" do novo Papa, como, por exemplo, com uma "intervenção dizendo que o Islã é uma religião pacífica, e que os muçulmanos não procuram nem a guerra nem a violência".

Em agosto, o Papa enviou sua tradicional mensagem ao mundo muçulmano após o Ramadã.

Em sua exortação "Evangelii Gaudium" no mês passado, sete anos após o tumulto causado no mundo muçulmano por Bento XVI em Regensburg (Alemanha), Francisco se disse preocupado com os "episódios de fundamentalismo violento", mas também pediu para evitar a "generalizações de ódio", "porque o verdadeiro Islã se opõe a toda violência".

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Vaticano - Em um gesto de aproximação com a Igreja Católica, a grande universidade sunita Al-Azhar do Cairo recebeu nesta terça-feira o número dois do Conselho Pontifício para o Diálogo Interreligioso, indicou o Vaticano.

O bispo Miguel Angel Ayuso Guixot, secretário do Conselho Pontifício, acompanhado do núncio para o Egito, o bispo Jean-Paul Gobel, foram recebidos por um colaborador do grande imã Ahmad al-Tayyeb.

Um aquecimento das relações entre o Vaticano e o mundo muçulmano passou a ser perceptível depois da eleição do Papa Francisco, em março.

No início de 2011, a universidade rompeu relações com a Igreja em resposta às declarações de Bento XVI, que, aparentemente, associou o terrorismo ao Islã.

O encontro desta terça, com duração de 45 minutos, foi "muito positivo e construtivo", declarou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, que viu um sinal de "disponibilidade para uma restauração das relações" da parte de al-Azhar.

Os representantes da Santa Sé entregaram às autoridades sunitas uma mensagem do cardeal francês Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício. "As perspectivas são animadoras", comentou Lombardi, citando uma "boa notícia".

Várias medidas foram adotadas no sentido de uma retomada do diálogo entre as duas partes. Em 17 de setembro, o bispo Gobel foi recebido pelo grande imã Al-Tayyeb.

Na ocasião, o núncio transmitiu a ele uma mensagem de Francisco, na qual ele insistia no respeito da Santa Sé pelo Islã.

Em junho passado, o conselheiro diplomático do grande imã afirmou que esperava "um passo adiante" do novo Papa, como, por exemplo, com uma "intervenção dizendo que o Islã é uma religião pacífica, e que os muçulmanos não procuram nem a guerra nem a violência".

Em agosto, o Papa enviou sua tradicional mensagem ao mundo muçulmano após o Ramadã.

Em sua exortação "Evangelii Gaudium" no mês passado, sete anos após o tumulto causado no mundo muçulmano por Bento XVI em Regensburg (Alemanha), Francisco se disse preocupado com os "episódios de fundamentalismo violento", mas também pediu para evitar a "generalizações de ódio", "porque o verdadeiro Islã se opõe a toda violência".

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