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Enchentes matam 40 na Índia e ameaçam espécie de rinoceronte

Rio Brahmaputra, que flui da China para a Índia e depois para Bangladesh, transbordou devido a chuvas de monção torrenciais

Enchentes na Índia: país se esforça para ajudar os rinocerontes e outras espécies selvagens que passaram a correr riscos (Anuwar Hazarika/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de julho de 2017 às 08h50.

Guwahati, Índia - Enchentes no nordeste da Índia que mataram ao menos 40 pessoas e forçaram quase 1,5 milhão a sair de casa também inundaram um parque nacional que abriga a maior concentração de rinocerontes de um chifre no mundo.

O rio Brahmaputra, que flui da China para a Índia e depois para Bangladesh, transbordou devido a chuvas de monção torrenciais, alagando mais de 2.500 vilarejos no Estado indiano de Assam nas duas últimas semanas.

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O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, expressou sua angústia pelo sofrimento humano. Milhares de pessoas estão procurando abrigo em mais de 300 campos de auxílio, e as autoridades declararam um "alerta de saúde máximo" para deter a disseminação de doenças.

Também há esforços em andamento para ajudar os rinocerontes e outras espécies selvagens que passaram a correr riscos quando as águas da enchente alagaram o Parque Nacional de Kaziranga, que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou Patrimônio da Humanidade.

"Mais de 90 por cento do Parque Nacional de Kaziranga está debaixo d'água", disse a ministra das Florestas de Assam, Pramila Rani Brahma, à Reuters.

O parque de 430 quilômetros quadrados é o lar do maior número de rinocerontes de um chifre do planeta, acolhendo estimados 2.500 animais de uma população total de cerca de 3 mil.

"Dois filhotes de rinoceronte se afogaram e mais de 15 cervos pereceram nas enchentes", contou Brahma.

Os animais estão buscando refúgio em terras altas, inclusive colinas fora do parque, disse ela.

Mas quando os animais vão para áreas menores de terrenos mais elevados para fugir das enchentes, ficam vulneráveis a caçadores ilegais. Eles também enfrentam o perigo crescente de ser atingidos por veículos caso se refugiem em estradas que muitas vezes correm ao largo de diques.

"Barricadas especiais forma montadas ao longo da rodovia, e guardas florestais estão pedindo aos motoristas que dirijam abaixo dos 40 quilômetros por hora", disse um guarda do parque.

O nível da água do Brahmaputra deve continua subindo até o final desta semana e depois deve se estabilizar, contanto que não haja mais chuvas pesadas, disse a Comissão Central de Água.

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