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Encapuzados incendeiam sede da Defensoria do Povo na Venezuela

Depois que os bombeiros controlaram o fogo e foram embora, os encapuzados voltaram ao local, incendiando móveis e outros equipamentos

Manifestantes queimam barricadas em Caracas, dia 24/05/2017 (Carlos Barria/Reuters)

Manifestantes queimam barricadas em Caracas, dia 24/05/2017 (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de maio de 2017 às 21h41.

Caracas - O chefe da Defensoria do Povo da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou nesta quarta-feira que um grupo de encapuzados incendiou uma sede do órgãos em Maracaibo, a segunda cidade mais importante do país e capital do estado de Zulia.

"Agora, pela terceira vez, a sede da @Defensoria_Vzla em Maracaibo (Zulia) está sendo incendiada e destruída com total impunidade", indicou Saab em mensagem divulgada no Twitter.

O chefe do órgão indicou que o imóvel foi atacado com pedras e coquetéis molotov. Depois que os bombeiros controlaram o fogo e foram embora, os encapuzados voltaram ao local, incendiando móveis e outros equipamentos que estavam no edifício.

"Isso tudo apesar dos chamados às autoridades regionais e municipais de prestar a devida colaboração para o resguardo da vida de nosso pessoal e dos bens do Estado", escreveu Saab.

Além disso, o chefe da Defensoria do Povo questionou a "ausência de conclusão" nas investigações sobre os ataques a mais de dez sedes do órgão durante os meses de abril e maio em meio à onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

Para Saab, algumas dessas ações são "induzidas pelo ódio" e foram provocadas por "grupos violentos de manifestantes". No caso de Zulia, o defensor do povo afirmou que os ataques ocorreram "diante do olhar de cumplicidade das autoridades regionais".

O órgão presidido por Saab expressou apoio a Maduro e à iniciativa do presidente para mudar a Constituição.

No entanto, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal aliança de oposição, exigiu que a Defensoria do Povo atue contra o governo e contra os excessos de violência da polícia nos protestos.

Desde o início de abril, 55 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas nas manifestações contra e favoráveis a Maduro, segundo balanço divulgado hoje pela procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz.

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