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Empresários venezuelanos negam especulação e formação de cartel

Caracas - Os industriais da Venezuela negaram nesta terça-feira as acusações de monopólio e especulação com alimentos, afirmando que o estrito controle sobre o setor impede essas práticas, oferecendo-se para colaborar com o Estado, com o objetivo de aumentar a oferta de produtos. "Nenhum alimento é distribuído ao comércio formal estabelecido na Venezuela sem a […]

Chávez criticou indústrias de alimento da Venezuela durante a semana (AFP/Arquivo/Juan Barreto)
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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2010 às 17h22.

Caracas - Os industriais da Venezuela negaram nesta terça-feira as acusações de monopólio e especulação com alimentos, afirmando que o estrito controle sobre o setor impede essas práticas, oferecendo-se para colaborar com o Estado, com o objetivo de aumentar a oferta de produtos.

"Nenhum alimento é distribuído ao comércio formal estabelecido na Venezuela sem a autorização prévia do governo", explicou Gustavo Grau, assessor legal da Câmara Venezuelana da Indústria de Alimentos (Cavidea), que agrupa os principais produtores de alimentos do país.

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"O governo tem capacidade de saber quem semeou o arroz, quem o processou e para onde foi despachado cada pacote de arroz de mesa consumido na Venezuela", acrescentou Grau, que nega a especulação. Os preços dos alimentos são controlados pelo governo desde 2003.

Nesta semana, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenou investigar a Polar, a maior empresa de alimentos do país, e a ameaçou de expropriação "se continuar monopolizando" seus produtos.

Cavidea manifestou seu "desconcerto" ante estas acusações e repudiou os "confiscaços feitos pelas" autoridades que, na última semana, apreenderam 114 mil toneladas de alimentos em um armazém da Polar.

"Em diversas oportunidades, discutimos propostas e estratégias para incentivar o setor", indicou Juvenal Arveláez, presidente-executivo da Cavidea em uma coletiva de imprensa.

Nos últimos anos, o governo expropriou ou interveio temporariamente em várias empresas vinculadas à alimentação, como processadoras de arroz, centrais açucareiras ou torrefatoras de café, aumentando "sua participação no mercado de alimentos", indicou Arveláez.

"Não há nenhum país que tenha conseguido resolver seus problemas de segurança alimentar sem a participação do setor privado", disse, por sua vez, Angel Alayón, assessor econômico da Cavidea.

O governo aumentou a vigilância para disfarçar uma escassez que se manifesta de forma periódica, e inclusive fixou por decreto cotas obrigatórias de produção para uma dezena de alimentos básicos.

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