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Empresário estreia na política do Paraguai como presidente

Horacio Cartes toma posse hoje como presidente da República no Paraguai sendo novato na política

Horacio Cartes, presidente do Paraguai: ele nunca votou em eleições presidenciais, apesar de o voto ser obrigatório (Jorge Adorno/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 08h37.

Assunção – O novo presidente do Paraguai , Horacio Cartes, que toma posse hoje (15), é um novato em política. Ele nunca votou em eleições presidenciais, apesar de o voto ser obrigatório. A primeira vez que foi às urnas escolher um chefe de Estado foi em abril passado, aos 57 anos, para apoiar a própria candidatura. Ele disputou pelo centenário Partido Colorado, ao qual se filiou em 2009, e ganhou.

Com Cartes, os colorados voltaram ao poder que ocuparam durante 61 anos consecutivos (35 na ditadura de Alfredo Stroessner), até serem derrotados, em 2008, pelo ex-bispo esquerdista Fernando Lugo. Dono de 25 empresas, Cartes é conhecido como homem de negócios bem-sucedido: foi presidente do clube de futebol de segunda linha Libertad, que transformou em campeão.

Sobre ele, no entanto, pesam acusações, que vieram à tona na campanha eleitoral. O presidente eleito foi acusado, pelos adversários, de contrabando de cigarros (para o Brasil) e de tráfico. Os diretores de seu banco foram processados pela Receita Federal brasileira em 2004 por irregularidades na remessa de dinheiro do Brasil ao Paraguai. Mas foram absolvidos.

Cartes, que fala português fluentemente, defendeu-se de todas as acusações em sua página na internet – Honor Colorado (Honra Colorada) – e na primeira entrevista como presidente eleito, em abril passado. Na época, disse que queria implementar planos de combate à pobreza parecidos com os do Brasil: cerca de 19% dos paraguaios vivem abaixo do nível de pobreza.

Antes de tomar posse hoje (15), Cartes indicou uma equipe de técnicos para administrar a economia do pais – um sinal, segundo analistas políticos, de que quer “dar novo rumo” ao Partido Colorado, cuja imagem está associada à ditadura e ao clientelismo politico. A presidenta do partido, senadora Lilian Samaniego, criticou a decisão ao dizer que o gabinete precisa ter pessoas com perfil politico e não apenas técnico.

Cartes também anunciou que vai doar seu salário, de cerca de US$ 14 mil, a instituições de caridade.

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Assunção – O novo presidente do Paraguai , Horacio Cartes, que toma posse hoje (15), é um novato em política. Ele nunca votou em eleições presidenciais, apesar de o voto ser obrigatório. A primeira vez que foi às urnas escolher um chefe de Estado foi em abril passado, aos 57 anos, para apoiar a própria candidatura. Ele disputou pelo centenário Partido Colorado, ao qual se filiou em 2009, e ganhou.

Com Cartes, os colorados voltaram ao poder que ocuparam durante 61 anos consecutivos (35 na ditadura de Alfredo Stroessner), até serem derrotados, em 2008, pelo ex-bispo esquerdista Fernando Lugo. Dono de 25 empresas, Cartes é conhecido como homem de negócios bem-sucedido: foi presidente do clube de futebol de segunda linha Libertad, que transformou em campeão.

Sobre ele, no entanto, pesam acusações, que vieram à tona na campanha eleitoral. O presidente eleito foi acusado, pelos adversários, de contrabando de cigarros (para o Brasil) e de tráfico. Os diretores de seu banco foram processados pela Receita Federal brasileira em 2004 por irregularidades na remessa de dinheiro do Brasil ao Paraguai. Mas foram absolvidos.

Cartes, que fala português fluentemente, defendeu-se de todas as acusações em sua página na internet – Honor Colorado (Honra Colorada) – e na primeira entrevista como presidente eleito, em abril passado. Na época, disse que queria implementar planos de combate à pobreza parecidos com os do Brasil: cerca de 19% dos paraguaios vivem abaixo do nível de pobreza.

Antes de tomar posse hoje (15), Cartes indicou uma equipe de técnicos para administrar a economia do pais – um sinal, segundo analistas políticos, de que quer “dar novo rumo” ao Partido Colorado, cuja imagem está associada à ditadura e ao clientelismo politico. A presidenta do partido, senadora Lilian Samaniego, criticou a decisão ao dizer que o gabinete precisa ter pessoas com perfil politico e não apenas técnico.

Cartes também anunciou que vai doar seu salário, de cerca de US$ 14 mil, a instituições de caridade.

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