Emissora americana denuncia desaparecimento de jornalista na Venezuela
Na semana passada, uma equipe da emissora "Univisión" ficou detida por mais de duas horas no Palácio Presidencial de Miraflores após entrevistar Maduro
EFE
Publicado em 6 de março de 2019 às 15h54.
Última atualização em 6 de março de 2019 às 15h57.
Miami - A emissora "Local 10", de Miami, denunciou nesta quarta-feira que um de seus jornalistas , Cody Weddle, desapareceu na Venezuela após ter sido detido em casa durante uma operação de agentes ligados ao governo de Nicolás Maduro em Caracas.
A última comunicação do jornalista com o canal foi na tarde de ontem, quando ele noticiou a chegada de Juan Guaidó à capital após uma excursão por diversos países da região, entre eles o Brasil.
A "Local 10" informou que tentou localizar Weddle e não teve sucesso desde então. A emissora ainda disse que recebeu informações, ainda não confirmadas, que agentes venezuelanos foram à casa do jornalista na manhã de hoje e o levaram detido.
Na semana passada, uma equipe da emissora "Univisión" ficou detida por mais de duas horas no Palácio Presidencial de Miraflores após entrevistar Maduro.
O principal apresentador da emissora, Jorge Ramos, e sua equipe de produção, que foram deportados no dia seguinte, denunciaram que tiveram equipamentos apreendidos por ordem do líder chavista.
Mais de dez jornalistas de França, Chile, Colômbia e Estados Unidos foram detidos e expulsos da Venezuela nas últimas semanas.
A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou no mês passado a prisão dos jornalistas por parte das forças de segurança da Venezuela e a expulsão de correspondentes que foram cobrir a situação do país.