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Kadafi pede que seus partidários resistam e diz que não vai se render

A mensagem de voz foi divulgada pela TV

Kadafi: "existem divergências entre a Aliança da Agressão (Otan) e seus agentes (os rebeldes)" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2011 às 17h55.

Trípoli - O ex-presidente líbio foragido Muamar Kadhafi afirmou que não se renderá e se disse estar preparado para uma longa batalha contra os rebeldes e a Otan, mesmo que o país tenha que "queimar", em uma mensagem divulgada pela rede de televisão via satélite Arrai.

"Mesmo que não ouçam minha voz, mantenham a resistência", declarou o coronel líbio para os seus partidários nesse registro retransmitido na data do aniversário do golpe de estado que lhe levou ao poder em 1969.

"Não nos renderemos. Não somos mulheres e vamos continuar a combater", lançou Kadhafi, procurado pelos rebeldes desde a queda de seu QG em Bab al-Aziziya em Trípoli, no dia 23 de agosto.

"Se eles querem uma longa batalha, que ela seja longa. Se a Líbia queimar, quem poderá governar? Que ela queime", disse o ex-líder no momento em que uma reunião internacional é realizada em Paris para discutir a era pós-Kadhafi depois de seis meses de conflitos devastadores.

Kadhafi disse depois que "existem divergências entre a Aliança da Agressão (Otan) e seus agentes (os rebeldes). Combatam, ataquem, peguem suas armas. São um bando de agentes sem reforços".

Ele afirmou também que os rebeldes não podem tomar o controle das últimas cidades. "Quem pode dominar Bani Walid (sul), Sirte (leste) ou Tarhuna? Essas cidades são lares de tribos armadas e ninguém pode governar a Líbia sem o consentimento deles".

"No fim das contas nós venceremos a batalha, os colonizadores vão voltar para seus países e os agentes estarão acabados", disse.

Esta é quarta mensagem de áudio do ex-presidente líbio depois da tomada da capital Trípoli pelos rebeldes no dia 20 de agosto.

No dia 24 de agosto, os rebeldes anunciaram uma recompensa de aproximadamente 1,7 milhão de dólares pela cabeça de Muamar Kadhafi, morto ou vivo.

Nesta quinta, vice-presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião líbia, Abdel Hafiz Ghoga, declarou que Muamar Kadhafi pode estar em Bani Walid, localidade situada a sudeste de Trípoli, mas essas informações não foram confirmadas.

Os rebeldes também citaram Sirte, cidade natal do coronel líbio ainda em mãos de combatentes leais a Kadhafi, entre os possíveis refúgios do ex-líder.

Na sua penúltima mensagem também divulgada pela Arrai, uma semana atrás, Muamar Kadhafi afirmou que tinha passeado por Trípoli e pediu que os moradores "limpassem" a capital dos rebeldes.

Na noite de quarta-feira, um de seus filhos, Seif al-Islam, disse estar nas redondezas de Trípoli, e convocou os partidários à resistência, acrescentando que seu pai passava bem.

A nova mensagem de Kadhafi é divulgada no momento em que sinais de reconhecimento ao Conselho Nacional de Transição (CNT) se multiplicam. O órgão político da rebelião líbia aguarda atos concretos da comunidade internacional, reunida em Paris, para lançar a transição política para uma "Líbia livre" e a reconstrução do país.

* Matéria atualizada às 17h55

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Trípoli - O ex-presidente líbio foragido Muamar Kadhafi afirmou que não se renderá e se disse estar preparado para uma longa batalha contra os rebeldes e a Otan, mesmo que o país tenha que "queimar", em uma mensagem divulgada pela rede de televisão via satélite Arrai.

"Mesmo que não ouçam minha voz, mantenham a resistência", declarou o coronel líbio para os seus partidários nesse registro retransmitido na data do aniversário do golpe de estado que lhe levou ao poder em 1969.

"Não nos renderemos. Não somos mulheres e vamos continuar a combater", lançou Kadhafi, procurado pelos rebeldes desde a queda de seu QG em Bab al-Aziziya em Trípoli, no dia 23 de agosto.

"Se eles querem uma longa batalha, que ela seja longa. Se a Líbia queimar, quem poderá governar? Que ela queime", disse o ex-líder no momento em que uma reunião internacional é realizada em Paris para discutir a era pós-Kadhafi depois de seis meses de conflitos devastadores.

Kadhafi disse depois que "existem divergências entre a Aliança da Agressão (Otan) e seus agentes (os rebeldes). Combatam, ataquem, peguem suas armas. São um bando de agentes sem reforços".

Ele afirmou também que os rebeldes não podem tomar o controle das últimas cidades. "Quem pode dominar Bani Walid (sul), Sirte (leste) ou Tarhuna? Essas cidades são lares de tribos armadas e ninguém pode governar a Líbia sem o consentimento deles".

"No fim das contas nós venceremos a batalha, os colonizadores vão voltar para seus países e os agentes estarão acabados", disse.

Esta é quarta mensagem de áudio do ex-presidente líbio depois da tomada da capital Trípoli pelos rebeldes no dia 20 de agosto.

No dia 24 de agosto, os rebeldes anunciaram uma recompensa de aproximadamente 1,7 milhão de dólares pela cabeça de Muamar Kadhafi, morto ou vivo.

Nesta quinta, vice-presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião líbia, Abdel Hafiz Ghoga, declarou que Muamar Kadhafi pode estar em Bani Walid, localidade situada a sudeste de Trípoli, mas essas informações não foram confirmadas.

Os rebeldes também citaram Sirte, cidade natal do coronel líbio ainda em mãos de combatentes leais a Kadhafi, entre os possíveis refúgios do ex-líder.

Na sua penúltima mensagem também divulgada pela Arrai, uma semana atrás, Muamar Kadhafi afirmou que tinha passeado por Trípoli e pediu que os moradores "limpassem" a capital dos rebeldes.

Na noite de quarta-feira, um de seus filhos, Seif al-Islam, disse estar nas redondezas de Trípoli, e convocou os partidários à resistência, acrescentando que seu pai passava bem.

A nova mensagem de Kadhafi é divulgada no momento em que sinais de reconhecimento ao Conselho Nacional de Transição (CNT) se multiplicam. O órgão político da rebelião líbia aguarda atos concretos da comunidade internacional, reunida em Paris, para lançar a transição política para uma "Líbia livre" e a reconstrução do país.

* Matéria atualizada às 17h55

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