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Embaixador morto na Líbia disse que era alvo da Al Qaeda

Segundo a CNN, o embaixador americano, Chris Stevens, já havia dito que recebia constantes ameaças em Benghazi

J. Christopher Stevens, embaixador americano morto na Líbia: a nova informação permite relacionar os atentados em países mulçumanos a Al Qaeda (©AFP/File / Mandel Ngan)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 13h56.

Washington - O embaixador Chris Stevens, que morreu na última semana após um ataque ao consulado americano em Benghazi, na Líbia , havia afirmado que seu nome estava em uma lista de alvos da Al Qaeda, informou nesta quinta-feira a emissora "CNN".

De acordo com uma fonte próxima ao diplomata e citada pela emissora, Stevens, que faleceu junto com o funcionário Sean Smith e os ex-militares Tyrone Woods e Glen Doherty, também já havia manifestado sua preocupação com as constantes ameaças recebidas em Benghazi.

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Além disso, o embaixador advertia constantemente sobre o risco da crescente presença da Al Qaeda e do radicalismo islâmico na Líbia após a queda do regime de Muammar Kadafi.

Estas novas revelações são somadas à afirmação do diretor do Centro Nacional Antiterrorista dos EUA (NCTC), Matthew Olsen, que ontem explicou perante o Comitê de Segurança Nacional do Senado que o ataque ao consulado de Benghazi, qualificado como um "ataque terrorista", pode estar conectado diretamente com a rede Al Qaeda.

"O que não temos neste momento é a informação específica sobre o planejamento e coordenação do ataque", acrescentou Olsen.

O ataque contra o consulado americano em Benghazi, que foi realizado no último dia 11 de setembro (data em que os EUA relembravam o ataque contra as torres gêmeas) em protesto contra o filme que satirizava a figura do profeta Maomé, também coincidiu com as manifestações na Líbia e no Egito.

O presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, o democrata John Kerry, indicou que o Departamento de Estado está preparando um comitê independente para investigar o ataque contra consulado americano.

Por sua parte, a secretária de Estado, Hillary Clinton, deve comparecer em breve ao Congresso para trazer novas informações sobre o ataque e sobre as medidas tomadas para proteger seu corpo diplomático na Líbia e no Oriente Médio.

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