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Embaixador de Ouattara na ONU confirma detenção de Gbagbo

Representante do presidente eleito anunciou também que Gbagbo será levado aos tribunais para ser julgado

Segundo o diplomata, Gbagbo foi capturado pelas forças da Costa do Marfim (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 12h58.

Nova York - O embaixador que representa na ONU o vencedor das eleições na Costa do Marfim, Alassane Ouattara, confirmou nesta segunda-feira que o presidente de fato, Laurent Gbagbo, foi detido por forças do presidente eleito e será levado à Justiça.

"Anuncio oficialmente que Laurent Gbagbo foi detido. Ele vivo e bem de saúde, e será levado perante a Justiça para responder pelos crimes que cometeu", disse o embaixador Youssoufou Bamba, que destacou que a operação foi realizada por forças marfinenses, e não pelo exército francês.

O diplomata marfinense desmentiu assim algumas informações que apontavam que foram as forças da operação militar francesa Licorne, que opera no país africano, que teriam detido Gbagbo e o entregue às tropas que apoiam Ouattara.

"Gbagbo foi detido pelas Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI). Estou convencido disso e não quero que haja confusões a este respeito. Foram as Forças Republicanas as que o detiveram de uma maneira rápida, e ele está sob nossa custódia", explicou Bamba.

O embaixador, que não revelou "por razões de segurança" o local em que Gbagbo está detido, disse que ele foi detido para "impedir seus assassinatos e ataques".

"Sua era acabou. Com sua detenção é posto um fim a isso, e agora a Costa do Marfim poderá fazer frente aos graves problemas que tem pela frente, como a situação humanitária e de segurança. É preciso restabelecer a ordem pública", afirmou Bamba, que assegurou que "a população em toda a Costa do Marfim expressa agora sua alegria".

O diplomata marfinense destacou seu convencimento de que as forças leais a Gbagbo "deixarão de lutar à medida em que tomarem conhecimento da notícia" da detenção do homem que dirigia o país africano desde 2000 e que, desde novembro passado, se negou a admitir que perdeu as eleições presidenciais.

Por sua vez, fontes da ONU confirmaram que Gbagbo se rendeu às forças leais a Ouattara e que está atualmente em sua custódia, ao tempo que destacaram que a missão das Nações Unidas no país, a ONUCI, seguem fornecendo "proteção e segurança de acordo com o mandato que o Conselho de Segurança lhe forneceu".

Os 15 membros do Conselho de Segurança estão reunidos nesta segunda-feira com o subsecretário-geral da ONU para as operações de paz, Alain Leroy, para tomar conhecimento dos últimos eventos na Costa do Marfim e as operações realizadas pelas forças da organização em Abidjan.

A detenção de Gbagbo ocorre uma semana depois da ofensiva lançada pelas forças de Ouattara, apoiadas pela França e a ONU, para tomar Abidjan, a capital econômica do país africano.

A Costa do Marfim vive uma profunda crise política desde as eleições presidenciais de 28 de novembro, quando Gbagbo não admitiu sua derrota nas urnas para Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como vencedor do pleito e presidente eleito.

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Nova York - O embaixador que representa na ONU o vencedor das eleições na Costa do Marfim, Alassane Ouattara, confirmou nesta segunda-feira que o presidente de fato, Laurent Gbagbo, foi detido por forças do presidente eleito e será levado à Justiça.

"Anuncio oficialmente que Laurent Gbagbo foi detido. Ele vivo e bem de saúde, e será levado perante a Justiça para responder pelos crimes que cometeu", disse o embaixador Youssoufou Bamba, que destacou que a operação foi realizada por forças marfinenses, e não pelo exército francês.

O diplomata marfinense desmentiu assim algumas informações que apontavam que foram as forças da operação militar francesa Licorne, que opera no país africano, que teriam detido Gbagbo e o entregue às tropas que apoiam Ouattara.

"Gbagbo foi detido pelas Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI). Estou convencido disso e não quero que haja confusões a este respeito. Foram as Forças Republicanas as que o detiveram de uma maneira rápida, e ele está sob nossa custódia", explicou Bamba.

O embaixador, que não revelou "por razões de segurança" o local em que Gbagbo está detido, disse que ele foi detido para "impedir seus assassinatos e ataques".

"Sua era acabou. Com sua detenção é posto um fim a isso, e agora a Costa do Marfim poderá fazer frente aos graves problemas que tem pela frente, como a situação humanitária e de segurança. É preciso restabelecer a ordem pública", afirmou Bamba, que assegurou que "a população em toda a Costa do Marfim expressa agora sua alegria".

O diplomata marfinense destacou seu convencimento de que as forças leais a Gbagbo "deixarão de lutar à medida em que tomarem conhecimento da notícia" da detenção do homem que dirigia o país africano desde 2000 e que, desde novembro passado, se negou a admitir que perdeu as eleições presidenciais.

Por sua vez, fontes da ONU confirmaram que Gbagbo se rendeu às forças leais a Ouattara e que está atualmente em sua custódia, ao tempo que destacaram que a missão das Nações Unidas no país, a ONUCI, seguem fornecendo "proteção e segurança de acordo com o mandato que o Conselho de Segurança lhe forneceu".

Os 15 membros do Conselho de Segurança estão reunidos nesta segunda-feira com o subsecretário-geral da ONU para as operações de paz, Alain Leroy, para tomar conhecimento dos últimos eventos na Costa do Marfim e as operações realizadas pelas forças da organização em Abidjan.

A detenção de Gbagbo ocorre uma semana depois da ofensiva lançada pelas forças de Ouattara, apoiadas pela França e a ONU, para tomar Abidjan, a capital econômica do país africano.

A Costa do Marfim vive uma profunda crise política desde as eleições presidenciais de 28 de novembro, quando Gbagbo não admitiu sua derrota nas urnas para Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como vencedor do pleito e presidente eleito.

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