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Embaixador britânico critica Trump e Reino Unido deve pedir desculpas

Embaixador do Reino Unido em Washington chamou administração Trump de "disfuncional" e disse que governo dos EUA não se tornará menos desequilibrado

Panos quentes: porta-voz da primeira ministra, Theresa May, disse que governo britânico entrou em contato com Trump para esclarecer que o vazamento é "inaceitável" (WPA Pool/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 8 de julho de 2019 às 10h08.

Londres — O governo britânico disse aos Estados Unidos que os vazamentos de mensagens em que o embaixador do Reino Unido em Washington chamava a administração Trump de "disfuncional" são motivo de pesar, afirmou o porta-voz da premiê Theresa May nesta segunda-feira.

As mensagens de Kim Darroch, embaixador em Washington, foram vazadas a um jornal, irritando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , e despertando reivindicações, por parte do Reino Unido, para que se descubra quem as revelou.

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De acordo com o porta-voz da primeira ministra, Theresa May , o governo britânico entrou em contato com Trump para esclarecer que o vazamento é inaceitável.

O ministro do Comércio do Reino Unido, Liam Fox, também disse que pedirá desculpas a Ivanka Trump, filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo vazamento de mensagens confidenciais nas quais o embaixador britânico em Washington descreve o governo dos EUA como "disfuncional" e "inepto".

O ministro do Comércio, que está visitando Washington, disse à rádio BBC que se desculpará a Ivanka, com quem deve se encontrar durante sua estadia.

"Pedirei desculpas pelo fato de que ou nosso funcionalismo civil ou elementos de nossa classe política não se mostraram à altura das expectativas que nós ou os Estados Unidos têm de seu comportamento, que neste caso em particular falhou de uma maneira extraordinária e inaceitável", disse

As revelações chegam em um momento no qual o Reino Unido espera fechar um grande acordo comercial com seu aliado mais próximo depois que deixar a União Europeia, uma separação marcada para 31 de outubro.

Trump disse a repórteres a respeito de Darroch: "Não somos grandes fãs desse homem e ele não serve bem ao Reino Unido, então posso entender e posso dizer coisas a seu respeito, mas não me darei ao trabalho".

Em memorandos ao seu governo que datam de dezembro de 2017 até o presente, Darroch disse que relatos de disputas internas na Casa Branca são "na maioria verdadeiros", e no mês passado descreveu a confusão causada pela decisão de Trump de cancelar um ataque militar ao Irã no governo.

"Não acreditamos realmente que este governo se tornará substancialmente mais normal; menos desequilibrado; menos imprevisível; menos dividido em facções; menos desajeitado e inepto diplomaticamente", escreveu Darroch em um memorando.

Ministros disseram que na verdade o Reino Unido considera a gestão Trump eficiente.

"Deixei claro que não compartilho a avaliação do embaixador sobre o governo dos EUA nem sobre as relações com o governo dos EUA, mas defendo seu direito de fazer esta avaliação franca", disse o secretário das Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt, aos repórteres.

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