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Embaixada dos EUA se diz 'consternada' com ataques a jornalistas no México

Até agora, em 2022, cinco jornalistas foram assassinados no México, segundo relatos da mídia e de organizações que defendem a liberdade de imprensa

Jornalistas protestam contra os assassinatos de seus colegas, Lourdes Maldonado e Margarito Martinez, em frente a uma delegacia em Tijuana, México. (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 12 de fevereiro de 2022 às 18h19.

A embaixada dos Estados Unidos no México se declarou neste sábado (12) "consternada" com a situação dos jornalistas no México e condenou o assassinato do comunicador Heber López, o quinto morto em menos de dois meses.

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Uma breve mensagem da representação diplomática em sua conta oficial no Twitter aponta que o assassinato de López Vázquez, ocorrido na quinta-feira passada no estado de Oaxaca, "é um fato detestável".

"Estamos consternados com a situação que os jornalistas vivem no México", acrescenta a missão diplomática, que pediu "uma investigação abrangente" para capturar os responsáveis.

López Vázquez, de 39 anos e diretor do site Noticias Webdonde, foi baleado quando estava a caminho de casa na cidade de Salina Cruz.

Até agora, em 2022, cinco jornalistas foram assassinados no México, segundo relatos da mídia e de organizações que defendem a liberdade de imprensa.

As autoridades estão investigando se esses crimes estão relacionados ao trabalho jornalístico que estavam realizando.

Dois homens foram presos em conexão com o assassinato de López. Um deles é irmão de um ex-policial que havia sido denunciado por suposta corrupção pelo comunicador, segundo as primeiras investigações do Ministério Público de Oaxaca.

A família do comunicador, que solicitou uma audiência com o presidente Andrés Manuel López Obrador, já foi incorporada ao mecanismo de proteção dos jornalistas "para garantir sua integridade e suas vidas", informou um comunicado do governo federal.

López, segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), havia recebido ameaças em 2019 depois de ter vinculado o prefeito de Salina Cruz a alegações de corrupção.

O México é considerado um dos países mais perigosos para a prática do jornalismo. Em 2021, pelo menos sete jornalistas foram mortos, segundo a RSF, embora não tenha sido comprovado em todos os casos que tenham vínculo com seu trabalho.

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