Em campanha, Obama lança farpas contra a China
"Os norte-americanos não têm medo de competir", disse Obama a uma entusiasmada plateia no norte de Ohio
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2012 às 21h14.
Maumee - O presidente dos EUA, Barack Obama , lançou farpas contra a China e seu rival republicano Mitt Romney na quinta-feira, depois de os EUA terem feito uma queixa junto à Organização Mundial do Comércio contra a cobrança de mais de 3 bilhões de dólares em impostos pela importação de veículos norte-americanos no país asiático.
"Os norte-americanos não têm medo de competir", disse Obama a uma entusiasmada plateia no norte de Ohio, horas depois da formalização da queixa junto à OMC. "Enquanto estivermos competindo em um campo de jogo justo... tudo bem. Vamos assegurar que a competição seja justa." O discurso dele deu início a dois dias de atividades de campanha de Obama na Pensilvânia e em Ohio, Estados que são eleitoralmente estratégicos e nos quais há um grande operariado.
A queixa na OMC parece ter sido feita de olho em Ohio, onde há milhares de trabalhadores do setor automotivo, dos quais muitos provavelmente só mantiveram seus empregos graças à ajuda governamental de 80 bilhões de dólares a essas indústrias - medida que Obama apoiou, e que Romney rejeitou.
O processo também serve de contra-argumento para as acusações republicanas de que Obama estaria sendo brando demais com as políticas comerciais da China.
Além disso, contribui para os esforços da campanha democrata de tentar associar Romney à transferência de postos de trabalho dos EUA para a China, por conta do período em que ele foi executivo do setor privado, recorrendo à terceirização industrial para manter os lucros das empresas sob seu controle.
Essa é a terceira queixa dos EUA contra a taxação da China a importações norte-americanas. Os outros processos envolviam o comércio de aço e de frango e derivados.
Obama faz sua primeira viagem de ônibus na campanha para a reeleição, que será disputada em novembro. A região da cidade de Toledo, onde indústrias automobilísticas têm sido afetadas pela tributação chinesa, esteve entre as primeiras escalas.
A alíquota chinesa, imposta em dezembro de 2011, abrange mais de 80 por cento das exportações automotivas dos EUA para a China. Pequim diz que essa cobrança, num valor de 3,3 bilhões de dólares por ano, foi uma reação a supostas práticas de dumping norte-americanas.
"As taxações recaem desproporcionalmente sobre os produtos da General Motors e da Chrysler, precisamente por causa das ações que o presidente Obama adotou para amparar a indústria automobilística dos EUA durante a crise financeira", disse uma fonte do governo.
A campanha de Romney, como era previsível, reagiu com ceticismo à notícia, dizendo que Obama só agiu por conveniência política.
"A conversão do presidente Obama a respeito da China em ano eleitoral é apenas a mais recente em uma longa série de frustrações e promessas descumpridas", disse Lanhee Chen, diretor de políticas da campanha de Romney.
"O povo norte-americano está à procura de um líder que se contraponha à China e exija que eles respeitem as regras, não um que programe cuidadosamente suas ações para coincidir com viagens de ônibus por Estados estratégicos nos últimos meses do seu mandato." (Reportagem adicional de Alister Bull, Matt Spetalnick e Ben Klayman)
Maumee - O presidente dos EUA, Barack Obama , lançou farpas contra a China e seu rival republicano Mitt Romney na quinta-feira, depois de os EUA terem feito uma queixa junto à Organização Mundial do Comércio contra a cobrança de mais de 3 bilhões de dólares em impostos pela importação de veículos norte-americanos no país asiático.
"Os norte-americanos não têm medo de competir", disse Obama a uma entusiasmada plateia no norte de Ohio, horas depois da formalização da queixa junto à OMC. "Enquanto estivermos competindo em um campo de jogo justo... tudo bem. Vamos assegurar que a competição seja justa." O discurso dele deu início a dois dias de atividades de campanha de Obama na Pensilvânia e em Ohio, Estados que são eleitoralmente estratégicos e nos quais há um grande operariado.
A queixa na OMC parece ter sido feita de olho em Ohio, onde há milhares de trabalhadores do setor automotivo, dos quais muitos provavelmente só mantiveram seus empregos graças à ajuda governamental de 80 bilhões de dólares a essas indústrias - medida que Obama apoiou, e que Romney rejeitou.
O processo também serve de contra-argumento para as acusações republicanas de que Obama estaria sendo brando demais com as políticas comerciais da China.
Além disso, contribui para os esforços da campanha democrata de tentar associar Romney à transferência de postos de trabalho dos EUA para a China, por conta do período em que ele foi executivo do setor privado, recorrendo à terceirização industrial para manter os lucros das empresas sob seu controle.
Essa é a terceira queixa dos EUA contra a taxação da China a importações norte-americanas. Os outros processos envolviam o comércio de aço e de frango e derivados.
Obama faz sua primeira viagem de ônibus na campanha para a reeleição, que será disputada em novembro. A região da cidade de Toledo, onde indústrias automobilísticas têm sido afetadas pela tributação chinesa, esteve entre as primeiras escalas.
A alíquota chinesa, imposta em dezembro de 2011, abrange mais de 80 por cento das exportações automotivas dos EUA para a China. Pequim diz que essa cobrança, num valor de 3,3 bilhões de dólares por ano, foi uma reação a supostas práticas de dumping norte-americanas.
"As taxações recaem desproporcionalmente sobre os produtos da General Motors e da Chrysler, precisamente por causa das ações que o presidente Obama adotou para amparar a indústria automobilística dos EUA durante a crise financeira", disse uma fonte do governo.
A campanha de Romney, como era previsível, reagiu com ceticismo à notícia, dizendo que Obama só agiu por conveniência política.
"A conversão do presidente Obama a respeito da China em ano eleitoral é apenas a mais recente em uma longa série de frustrações e promessas descumpridas", disse Lanhee Chen, diretor de políticas da campanha de Romney.
"O povo norte-americano está à procura de um líder que se contraponha à China e exija que eles respeitem as regras, não um que programe cuidadosamente suas ações para coincidir com viagens de ônibus por Estados estratégicos nos últimos meses do seu mandato." (Reportagem adicional de Alister Bull, Matt Spetalnick e Ben Klayman)