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Eleições na Argentina: Milei diz que Massa foi 'muito agressivo' no debate e que plateia atrapalhou

Deputado foi pressionado por perguntas duras do ministro, que buscou tirar o foco dos problemas do governo atual

Javier Milei: candidato foi pressionado durante debate no domingo, 12 (Luis Robayo/AFP)
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 10h35.

O deputado Javier Milei, que disputa a Presidência da Argentina, disse que o ministro Sergio Massa teve postura muito agressiva no debate deste domingo, 12, e que tosses na plateia tentaram atrapalhá-lo.

"Massa foi muito agressivo, disse frases muito ofensivas contra minha pessoa", disse, horas após o programa, em entrevista á Rádio Continental. Ele afirmou que o rival tentou mostrá-lo como alguém desequilibrado e incapaz de governar.

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"Como todo o aparato joga a favor de Massa, sua equipe tinha um conjunto de psicólogos que buscavam pontos para me agredir, e uma das coisas que conseguiram foi que o público trazido por cada um, em vez de ficar no lugar que o candidato estava, ficaram em diagonal", criticou.

Durante o encontro, os dois trocaram ofensas. Ambos se chamaram de mentiroso várias vezes. Massa disse que Milei era um "standupero" (humorista de comédia stand-up), questionou a aptidão mental dele e, em vários momentos, foi acusado pelo libertário de integrar um governo corrupto.

Debate na Argentina: candidatos se enfrentaram na Universidade de Buenos Aires (AFP)

Milei reclamou ainda de um "coro de tosses" na plateia, que ele acredita ter sido uma tática para tentar irritá-lo. O candidato disse considerar que, apesar dos problemas, fez um bom debate e conseguiu melhorar seu desempenho conforme o programa avançava.

Massa adotou a estratégia de pressionar o rival desde o início, com perguntas diretas sobre seus planos para a economia. Milei titubeou nas respostas, se enrolou com a cota de tempo e acabou deixando o ministro conduzir a conversa em boa parte do programa.

A lei argentina proíbe a divulgação de pesquisas na semana antes da eleição, de modo que não haverá estudos públicos sobre os efeitos do debate na corrida eleitoral. Os últimos estudos apontaram empate técnico entre os dois, com ligeira vantagem para Milei.

Os argentinos votam no segundo turno no próximo domingo, dia 19, e a posse do novo presidente está marcada para o dia 10 de dezembro.

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