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Eleição na Espanha é marcada com cenário político indefinido

O Conselho de Ministros aprovou hoje o decreto de convocação da eleição, e as pesquisas dão vantagem ao partido de Rajoy, mas sem maioria absoluta

Mariano Rajoy: nos dois primeiros anos de mandato, ele afirma ter conseguido mudar o rumo da economia, e nos dois seguintes "avançar em emprego, crescimento e confiança" (AFP/ Josp Lago)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 14h02.

Madri - O presidente do governo da Espanha , Mariano Rajoy, convocou nesta segunda-feira eleições legislativas para dia 20 de dezembro com um cenário político aberto, no qual nenhum partido obteria maioria, o que tornaria necessário formar pactos de governo.

O Conselho de Ministros aprovou hoje o decreto de convocação da eleição, e as pesquisas dão vantagem ao partido de Rajoy (PP, de centro-direita), mas sem maioria absoluta, o que o obrigaria a fazer acordos para permitir a formação de um novo governo.

Mariano Rajoy se apresentou à reeleição com uma defesa das reformas que realizou nos últimos quatro anos, argumentando a melhora dos dados econômicos, enquanto a oposição critica os cortes em políticas sociais e lembra os escândalos de corrupção que atingiram o PP.

As próximas eleições terão como novidade a incorporação de novos partidos à esfera política nacional, o Ciudadanos (liberais centristas), que já estava presente na Catalunha, e o Podemos (de esquerda), que surgiu após os movimentos populares de 2011 que protestavam contra as consequências sociais e econômicas da crise e a corrupção.

Ambos os partidos se apresentam como alternativa "à velha política" bipartidária, representada pelo Partido Popular (PP) e pelo Partido Socialista (PSOE), que governam a Espanha alternadamente há mais de três décadas.

Diferentes pesquisas indicam uma vitória apertada do PP, pouco à frente do PSOE, o que pode colocar o Ciudadanos em uma posição estratégica, por disputar o voto de centro com o PP e estar em terceiro, muito próximo dos socialistas.

O quarto partido na disputa é o Podemos, que segundo as pesquisas perdeu fôlego nos últimos meses após o espetacular crescimento depois de sua fundação, em 2014.

Para a imprensa, Rajoy mostrou hoje seu "orgulho" pela gestão de quatro anos que "permitiu superarmos em tempo recorde uma situação delicadíssima", em alusão aos indicadores econômicos que encontrou ao assumir a presidência do governo em 2011.

Nos dois primeiros anos de mandato Rajoy afirma ter conseguido mudar o rumo da economia, e nos dois seguintes "avançar em emprego, crescimento e confiança".

No entanto, o líder do PSOE, Pedro Sánchez, tachou hoje o presidente do Governo de "fraude" e afirmou que ele chega às eleições gerais "esgotado, sem projeto político para a Espanha, incapaz de se regenerar e de responder com contundência aos casos de corrupção que o atingem".

O líder do Podemos, Pablo Iglesias, comemorou que "finalmente esta legislatura, marcada pela corrupção e pelo aumento da desigualdade, esteja acabando.

A convocação de hoje marca um fim para a legislatura mais longa desde a volta da democracia, em 1977, após quatro anos e um mês da última eleição.

Os 350 deputados escolhidos tomarão posse do novo parlamento em 13 de janeiro de 2016, segundo o decreto de convocação aprovado hoje pelo Executivo.

Depois o rei abrirá uma rodada de consultas entre os líderes parlamentares e proporá um candidato a presidente que deverá ser votado pelo Congresso dos Deputados.

Entre os principais desafios que os políticos na nova legislatura enfrentarão está a melhora da economia e encontrar uma solução para a relação da Catalunha com o resto da Espanha diante do desafio independentista lançado pelo atual parlamento catalão, formado após as eleições de 24 de setembro.

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Madri - O presidente do governo da Espanha , Mariano Rajoy, convocou nesta segunda-feira eleições legislativas para dia 20 de dezembro com um cenário político aberto, no qual nenhum partido obteria maioria, o que tornaria necessário formar pactos de governo.

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Mariano Rajoy se apresentou à reeleição com uma defesa das reformas que realizou nos últimos quatro anos, argumentando a melhora dos dados econômicos, enquanto a oposição critica os cortes em políticas sociais e lembra os escândalos de corrupção que atingiram o PP.

As próximas eleições terão como novidade a incorporação de novos partidos à esfera política nacional, o Ciudadanos (liberais centristas), que já estava presente na Catalunha, e o Podemos (de esquerda), que surgiu após os movimentos populares de 2011 que protestavam contra as consequências sociais e econômicas da crise e a corrupção.

Ambos os partidos se apresentam como alternativa "à velha política" bipartidária, representada pelo Partido Popular (PP) e pelo Partido Socialista (PSOE), que governam a Espanha alternadamente há mais de três décadas.

Diferentes pesquisas indicam uma vitória apertada do PP, pouco à frente do PSOE, o que pode colocar o Ciudadanos em uma posição estratégica, por disputar o voto de centro com o PP e estar em terceiro, muito próximo dos socialistas.

O quarto partido na disputa é o Podemos, que segundo as pesquisas perdeu fôlego nos últimos meses após o espetacular crescimento depois de sua fundação, em 2014.

Para a imprensa, Rajoy mostrou hoje seu "orgulho" pela gestão de quatro anos que "permitiu superarmos em tempo recorde uma situação delicadíssima", em alusão aos indicadores econômicos que encontrou ao assumir a presidência do governo em 2011.

Nos dois primeiros anos de mandato Rajoy afirma ter conseguido mudar o rumo da economia, e nos dois seguintes "avançar em emprego, crescimento e confiança".

No entanto, o líder do PSOE, Pedro Sánchez, tachou hoje o presidente do Governo de "fraude" e afirmou que ele chega às eleições gerais "esgotado, sem projeto político para a Espanha, incapaz de se regenerar e de responder com contundência aos casos de corrupção que o atingem".

O líder do Podemos, Pablo Iglesias, comemorou que "finalmente esta legislatura, marcada pela corrupção e pelo aumento da desigualdade, esteja acabando.

A convocação de hoje marca um fim para a legislatura mais longa desde a volta da democracia, em 1977, após quatro anos e um mês da última eleição.

Os 350 deputados escolhidos tomarão posse do novo parlamento em 13 de janeiro de 2016, segundo o decreto de convocação aprovado hoje pelo Executivo.

Depois o rei abrirá uma rodada de consultas entre os líderes parlamentares e proporá um candidato a presidente que deverá ser votado pelo Congresso dos Deputados.

Entre os principais desafios que os políticos na nova legislatura enfrentarão está a melhora da economia e encontrar uma solução para a relação da Catalunha com o resto da Espanha diante do desafio independentista lançado pelo atual parlamento catalão, formado após as eleições de 24 de setembro.

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