Eixo viário Caracas-Bogotá-Quito será o maior projeto da Unasul
A iniciativa se enquadra em um plano de obras de integração da América do Sul no valor de quase US$ 13,7 bilhões até 2022
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2012 às 15h41.
Quito - O maior projeto de infraestrutura da União de Nações Sul-americanas (Unasul) na próxima década será um corredor viário que pretende unir Caracas, Bogotá e Quito, avaliado em US$ 3,35 bilhões, declarou nesta terça-feira a secretária-geral do organismo, María Emma Mejía.
Em entrevista coletiva, ela explicou que haverá trechos em que a rodovia será interrompida por trajetos de travessia sobre o rio Meta, o que exigirá a construção de sistemas de eclusas.
A iniciativa se enquadra em um plano de obras de integração da América do Sul no valor de quase US$ 13,7 bilhões até 2022, aprovado neste ano pelos ministros dos países-membros da Unasul.
O plano inclui, por exemplo, o eixo viário Callao-La Oroya-Pucallpa no Peru, avaliado em US$ 2,53 bilhões, e um gasoduto entre Argentina e Bolívia, que custará US$ 1 bilhão.
Mejía, ex-chanceler da Colômbia, destacou que tanto a Corporação Andina de Fomento (CAF) como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) prometeram empréstimos aos projetos, que também contarão com financiamentos individuais de cada país.
Ela disse que os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Hugo Chávez, decidiram recentemente solicitar empréstimos extras ao Banco de Fomento Chinês.
Nos últimos anos, a China se transformou em um importante investidor na América do Sul, principalmente por seu desejo de garantir o fornecimento de matérias-primas para a indústria chinesa. O país asiático é o principal credor do governo equatoriano, por exemplo.
Mejía ressaltou ainda que a Unasul apresentará em abril, no Brasil, um plano de projetos a bancos e empresas privadas, para estabelecer acordos de investimento público-privada.
Na entrevista coletiva, a secretária-geral explicou também que, até maio, os países-membros deverão definir o mecanismo de financiamento do organismo e seu orçamento.
Algumas das opções cogitadas são contribuições de cada país proporcionais ao Produto Interno Bruto (PIB), à população nacional ou às contribuições já feitas à Organização Pan-americana da Saúde (OPS).
A Unasul tem um orçamento de US$ 1,2 milhão de junho de 2011 até dezembro de 2012, sufragado por contribuições voluntárias dos governos.
'É um orçamento magro, muito discreto, que nos obriga a ser hábeis, que não nos permite nos encher de burocracia', disse Mejía. A Secretaria-Geral do organismo conta atualmente com nove representantes diplomáticos e quatro funcionários administrativos.
A Unasul é integrada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Quito - O maior projeto de infraestrutura da União de Nações Sul-americanas (Unasul) na próxima década será um corredor viário que pretende unir Caracas, Bogotá e Quito, avaliado em US$ 3,35 bilhões, declarou nesta terça-feira a secretária-geral do organismo, María Emma Mejía.
Em entrevista coletiva, ela explicou que haverá trechos em que a rodovia será interrompida por trajetos de travessia sobre o rio Meta, o que exigirá a construção de sistemas de eclusas.
A iniciativa se enquadra em um plano de obras de integração da América do Sul no valor de quase US$ 13,7 bilhões até 2022, aprovado neste ano pelos ministros dos países-membros da Unasul.
O plano inclui, por exemplo, o eixo viário Callao-La Oroya-Pucallpa no Peru, avaliado em US$ 2,53 bilhões, e um gasoduto entre Argentina e Bolívia, que custará US$ 1 bilhão.
Mejía, ex-chanceler da Colômbia, destacou que tanto a Corporação Andina de Fomento (CAF) como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) prometeram empréstimos aos projetos, que também contarão com financiamentos individuais de cada país.
Ela disse que os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Hugo Chávez, decidiram recentemente solicitar empréstimos extras ao Banco de Fomento Chinês.
Nos últimos anos, a China se transformou em um importante investidor na América do Sul, principalmente por seu desejo de garantir o fornecimento de matérias-primas para a indústria chinesa. O país asiático é o principal credor do governo equatoriano, por exemplo.
Mejía ressaltou ainda que a Unasul apresentará em abril, no Brasil, um plano de projetos a bancos e empresas privadas, para estabelecer acordos de investimento público-privada.
Na entrevista coletiva, a secretária-geral explicou também que, até maio, os países-membros deverão definir o mecanismo de financiamento do organismo e seu orçamento.
Algumas das opções cogitadas são contribuições de cada país proporcionais ao Produto Interno Bruto (PIB), à população nacional ou às contribuições já feitas à Organização Pan-americana da Saúde (OPS).
A Unasul tem um orçamento de US$ 1,2 milhão de junho de 2011 até dezembro de 2012, sufragado por contribuições voluntárias dos governos.
'É um orçamento magro, muito discreto, que nos obriga a ser hábeis, que não nos permite nos encher de burocracia', disse Mejía. A Secretaria-Geral do organismo conta atualmente com nove representantes diplomáticos e quatro funcionários administrativos.
A Unasul é integrada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.