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EI perde maior parte do território no Iraque, diz porta-voz

No auge de seu poder, o grupo militante chegou a controlar cerca de 40 por cento do país

Militantes do Estado Islâmico ainda controlam as cidades de Qaim, Tal Afar e Hawija, no Iraque, além de Raqqa, sua capital de fato na Síria (Muhammad Hamed/Reuters)
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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2017 às 11h24.

Bagdá - O Estado Islâmico perdeu a maior parte do território que mantinha no Iraque desde 2014, disse um porta-voz militar iraquiano nesta terça-feira.

No auge de seu poder, o grupo militante controlou cerca de 40 por cento do país, disse o porta-voz do comando de operações conjuntas, brigadeiro-general Yahya Rasool, em uma coletiva de imprensa.

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Essa área diminuiu para cerca de 6,8 por cento do território iraquiano depois de operações militares de grande porte, que ainda estão em curso na cidade de Mosul, disse.

Os militantes do Estado Islâmico ainda controlam as cidades de Qaim, Tal Afar e Hawija, no Iraque, além de Raqqa, sua capital de fato na Síria.

A coalizão que combate os radicais é composta de dezenas de milhares de membros das forças de segurança do Iraque, liderados pelo Exército, e por milhares de voluntários xiitas, muitos de milícias, normalmente chamados de Unidades de Mobilização Popular.

Os Estados Unidos e outros países ocidentais vêm auxiliando com apoio aéreo, inteligência e equipamentos, disse Rasool.

A batalha por Mosul, uma das maiores cidades iraquianas, começou em outubro, e seu desfecho provavelmente irá determinar se as várias facções do país conseguem trabalhar juntas para impedir que o Iraque se divida.

Atualmente a metade leste da cidade está completamente controlada pelas forças de segurança nacionais, segundo Rasool, mas a arremetida contra o Estado Islâmico no oeste de Mosul está sendo dificultada pelos combates no emaranhado de ruas pequenas na parte antiga da cidade.

Também nesta terça-feira a Polícia Federal disse em um comunicado que vem reforçando suas posições no oeste de Mosul para se preparar para uma investida contra a mesquita de Al-Nuri, de onde o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou um califado em 2014.

O Estado Islâmico vem usando centenas de carros-bomba, além de drones (aeronaves não-tripuladas) equipadas com explosivos, em Mosul. Seus combatentes arrastaram os civis para o conflito posicionando franco-atiradores em áreas residenciais, usando civis como escudos humanos e executando aqueles que tentam fugir, disse o porta-voz da coalizão, coronel John Dorrian, na coletiva de imprensa.

Dorrian disse que a luta no oeste de Mosul tem sido dura, mas que os extremistas não têm como escapar.

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