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EI executou quase 1.500 pessoas na Síria desde junho

O grupo executou quase 1.500 pessoas na Síria desde que proclamou seu "califado", há 5 meses


	Membros do Estado Islâmico: das pessoas decapitadas ou vítimas de fuzilamentos, 879 eram civis
 (AFP)

Membros do Estado Islâmico: das pessoas decapitadas ou vítimas de fuzilamentos, 879 eram civis (AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 11h46.

Beirute - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou quase 1.500 pessoas na Síria desde que proclamou o início de seu "califado" há cinco meses, anunciou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Documentamos a execução de 1.429 pessoas desde que o EI anunciou seu 'califado' em junho", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da ONG, que tem uma ampla rede de fontes em todo o território sírio.

Das pessoas decapitadas ou vítimas de fuzilamentos em grupo, 879 eram civis, sendo 700 pertencentes aos Shaitat, tribo originária da província de Deir Ezzor, sunita assim como o EI, que se rebelou contra este grupo em meados de 2014.

Outras 63 vítimas pertenciam a outros grupos rebeldes ou aos rivais imediatos do EI na Síria, os jihadistas da Frente Al-Nusra que lutam contra o Estado Islâmico nas regiões norte e leste do país, informou Rahman.

"Além disso, 483 eram soldados do regime de Bashar al-Assad e quatro integrantes do próprio EI acusados de corrupção e outros supostos crimes", disse o diretor do OSDH.

O grupo Estado Islâmico executou muitos integrantes das tropas leais a Damasco com atos de decapitação. Os corpos foram exibidos em locais públicos para "espalhar o terror entre os civis e naqueles que ousam combater os jihadistas", afirmou Abdel Rahman.

"O outro objetivo do EI é "aterrorizar a comunidade internacional, ao mesmo tempo que atrai jihadistas de todo o mundo", afirmou à AFP.

O grupo, que era vinculado à Al-Qaeda na Síria, conseguiu assumir o controle de amplas faixas de território na Síria e no Iraque.

Caracterizado pela brutalidade de seus métodos, que vão de estupros e sequestros a assassinatos em massa e limpeza étnica, o EI foi acusado pela ONU de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Os ativistas sírios acreditam que atualmente o EI mantém centenas de pessoas como reféns.

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