EI executou ao menos 15 civis em Mosul, denunciam autoridades
De acordo com informações, os rebeldes, vestidos com uniformes da polícia, começaram a observar a reação dos moradores semeando o medo na população
AFP
Publicado em 25 de abril de 2017 às 15h31.
Membros do grupo Estado Islâmico (EI), fazendo-se passar por agentes das forças de segurança iraquianas, "executaram" pelo menos 15 civis que os recebiam com alegria no centro de Mosul, informaram as autoridades nesta terça-feira.
Vestidos com uniformes da polícia, os extremistas entraram na segunda-feira em setores da cidade velha e, passando-se por membros das forças federais, começaram a observar a reação dos moradores semeando o medo na população, reportaram o comando conjunto das operações e uma autoridade local.
"O bando terrorista do Daesh (sigla em árabe para EI) cometeu um crime horrível na segunda-feira de manhã em um setor da cidade velha de Mosul", indicou em um comunicado o comando conjunto de operações, que coordena o combate ao EI no Iraque.
Os extremistas "atiraram contra mulheres e crianças que os recebiam com alegria", acrescenta o comunicado, que não especificou o número de vítimas.
Hossameddine al-Abbar, membro do conselho provincial de Nínive, de onde Mosul é a capital, disse à AFP que pelo menos 15 civis foram mortos nesta operação.
"Membros do Daesh, alguns deles vestidos com uniformes da polícia federal, entraram no bairro de Al-Maidan, na cidade velha. Eles estavam em veículos pretos e se comportavam como libertadores. As pessoas saudaram o comboio com alegria, mas eles prenderam algumas delas e executaram pelo menos 15", afirmou Abbar.
As forças iraquianas, apoiadas pela coalizão internacional anti-jihadista liderada pelos Estados Unidos, lançaram em 17 de outubro uma grande ofensiva para retomar Mossul, uma cidade no norte do Iraque sob controle dos extremistas desde junho de 2014.
No final de janeiro, conseguiram recuperar a zona leste desta cidade cortada pelo rio Tigre.
Desde 19 de fevereiro, travam uma batalha para retomar a parte oeste da cidade, onde combatentes do EI se entrincheiraram.