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EI assume atentado que deixou 34 mortos no Afeganistão

O grupo Estado Islâmico assumiu o atentado suicida que deixou 34 mortos e uma centena de feridos em Jalalabad, Afeganistão

Ataque terrorista: Estado Islâmico assumiu autoria de ataque que deixou centenas de feridos e dezenas de mortos (REUTERS/Parwiz)
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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2015 às 09h26.

Cabul -- O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu o atentado suicida que deixou neste sábado 34 mortos e uma centena de feridos na cidade de Jalalabad, no leste do Afeganistão , a primeira ação que a organização jihadista comete neste país.

"Quem assumiu o mortífero atentado de hoje em Nangarhar? Os talibãs não fizeram isso. O Daesh (acrônimo em árabe do EI) o assumiu", disse o presidente afegão, Ashraf Ghani, em discurso transmitido pela televisão.

Horas antes, o EI tinha reivindicado o atentado em uma mensagem enviada para a agência local "Pajhwok" por Shahidula Shahid, ex-porta-voz do principal grupo talibã paquistanês, o TTP, do qual foi expulso no final do ano passado por expressar seu apoio ao EI, e que agora ocupa o posto de representante regional do grupo jihadista.

O atentado suicida aconteceu no começo da manhã na entrada do Banco de Cabul, em Jalalabad, capital da província de Nangarhar, quando dezenas de pessoas, incluídos funcionários do governo, encontravam-se no local para receber seus salários.

O presidente afegão afirmou que este tipo de ação, somadas a outras reivindicadas pelo EI no Afeganistão durante os últimos meses, como "decapitações e sequestros", são "sinais de um novo tipo de guerra" no país asiático e uma "grave ameaça".

"A luta contra esta guerra é nossa obrigação coletiva", declarou o presidente afegão.

Um porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, condenou o sangrento ataque em Jalalabad, e outro atentado sem vítimas, também cometido hoje na mesma cidade, por meio de sua conta oficial no Twitter.

"Nesta manhã duas bombas atingiram civis em frente a um templo e a um banco em Jalalabad. Condenamos e negamos nossa participação em ambos os ataques", disse Mujahid.

Gani pediu aos talibãs, que enfrentam o governo central desde que foram derrubados do poder pelos americanos em 2001, que deixem de lado suas "diferenças políticas" com o Executivo, pois "são afegãos e deveriam estar do lado dos afegãos".

"Faço uma chamada aos talibãs. Hoje é o dia no qual podem escolher com quem querem estar. Se se consideram afegãos então venham e permaneçam ao lado de seu governo. Se são fantoches dos estrangeiros (EI), então vão com eles. A nação afegã sabe como lidar com os traidores", sentenciou Gani.

Nos últimos meses o Estado Islâmico foi acusado de cometer várias ações insurgentes no Afeganistão, como a decapitação ontem de quatro civis na província de Ghazni e o sequestro em vários pontos do país de membros da minoria étnica hazara e de muçulmanos xiitas. EFE

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Cabul -- O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu o atentado suicida que deixou neste sábado 34 mortos e uma centena de feridos na cidade de Jalalabad, no leste do Afeganistão , a primeira ação que a organização jihadista comete neste país.

"Quem assumiu o mortífero atentado de hoje em Nangarhar? Os talibãs não fizeram isso. O Daesh (acrônimo em árabe do EI) o assumiu", disse o presidente afegão, Ashraf Ghani, em discurso transmitido pela televisão.

Horas antes, o EI tinha reivindicado o atentado em uma mensagem enviada para a agência local "Pajhwok" por Shahidula Shahid, ex-porta-voz do principal grupo talibã paquistanês, o TTP, do qual foi expulso no final do ano passado por expressar seu apoio ao EI, e que agora ocupa o posto de representante regional do grupo jihadista.

O atentado suicida aconteceu no começo da manhã na entrada do Banco de Cabul, em Jalalabad, capital da província de Nangarhar, quando dezenas de pessoas, incluídos funcionários do governo, encontravam-se no local para receber seus salários.

O presidente afegão afirmou que este tipo de ação, somadas a outras reivindicadas pelo EI no Afeganistão durante os últimos meses, como "decapitações e sequestros", são "sinais de um novo tipo de guerra" no país asiático e uma "grave ameaça".

"A luta contra esta guerra é nossa obrigação coletiva", declarou o presidente afegão.

Um porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, condenou o sangrento ataque em Jalalabad, e outro atentado sem vítimas, também cometido hoje na mesma cidade, por meio de sua conta oficial no Twitter.

"Nesta manhã duas bombas atingiram civis em frente a um templo e a um banco em Jalalabad. Condenamos e negamos nossa participação em ambos os ataques", disse Mujahid.

Gani pediu aos talibãs, que enfrentam o governo central desde que foram derrubados do poder pelos americanos em 2001, que deixem de lado suas "diferenças políticas" com o Executivo, pois "são afegãos e deveriam estar do lado dos afegãos".

"Faço uma chamada aos talibãs. Hoje é o dia no qual podem escolher com quem querem estar. Se se consideram afegãos então venham e permaneçam ao lado de seu governo. Se são fantoches dos estrangeiros (EI), então vão com eles. A nação afegã sabe como lidar com os traidores", sentenciou Gani.

Nos últimos meses o Estado Islâmico foi acusado de cometer várias ações insurgentes no Afeganistão, como a decapitação ontem de quatro civis na província de Ghazni e o sequestro em vários pontos do país de membros da minoria étnica hazara e de muçulmanos xiitas. EFE

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