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Egito lança ataques aéreos após atentado em mesquita

Militares bombardeiam montanhas onde acreditam que os terroristas responsáveis pelo ataque estão escondidos

Ataque no Egito: País está de luto por três dias após atentado que matou mais de 230 muçulmanos (STRINGER/AFP)
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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2017 às 11h05.

Cairo - Os militares do Egito informaram neste sábado (25) que realizaram ataques aéreos e operações da noite para o dia contra militantes responsabilizados pelo assassinato de mais de 230 fiéis em uma mesquita no Sinai do Norte.

O ataque mais mortífero da história moderna do Egito, no qual militantes balearam fiéis, provocou a condenação de líderes de Washington a Moscou, e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, declarou três dias de luto na nação em choque.

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Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas as forças do país vêm combatendo uma filiada determinada do Estado Islâmico na região, uma das facções sobreviventes do grupo radical desde que este sofreu derrotas militares para forças apoiadas pelos Estados Unidos na Síria e no Iraque.

"A Força Aérea eliminou nas últimas horas uma série de postos avançados usados por elementos terroristas", disse o Exército.

Testemunhas disseram que homens armados explodiram uma bomba ao final das orações de sexta-feira dentro da mesquita Al Rawdah, localizada em Bir al-Abed, a oeste da cidade de El Arish, e depois abriram fogo enquanto os fiéis tentavam fugir, atirando em ambulâncias e ateando fogo em carros para bloquear as ruas.

A mídia estatal mostrou imagens de vítimas ensanguentadas e corpos cobertos por cobertores dentro da mesquita.

Atacar uma mesquita seria uma mudança de tática para os militantes do Sinai, que já agiram contra soldados e mais recentemente vêm buscando disseminar sua insurgência no território continental do Egito visando igrejas e peregrinos cristãos.

As enormes baixas do atentado no Sinai e o fato de terem atacado uma mesquita chocaram os egípcios, que vêm lutando para reconquistar a estabilidade desde a revolta de 2011 que depôs Hosni Mubarak, líder egípcio durante muito tempo, e os anos de protestos que se seguiram.

"Que as almas de todos os que morreram descansem em paz, tanto de muçulmanos quanto de cristãos... estas pessoas não têm religião", disse Abdullah, um desempregado, no centro do Cairo em referência aos agressores. "Dia sim, dia não alguém morre, dia sim, dia não uma igreja é bombardeada... onde está a segurança?"

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