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Egito inclui ex-candidato à presidência em lista de terroristas

Abul Futuh, detido na semana passada, é acusado de se unir "a um grupo ilegal que procura danificar os interesses e as capacidades do Estado egípcio"

Além de Abul Futuh, outros 15 suspeitos acusados dos mesmos delitos, foram incluídos na lista de terroristas (John Moore/Getty Images)
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EFE

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 12h07.

Cairo - Um tribunal egípcio decidiu nesta terça-feira incluir o ex-candidato presidencial e líder do partido Masr Al Qauiya (Egito Forte), Abdelmenem Abul Futuh, na lista de terroristas, após uma denúncia apresentada pelo procurador-geral.

Abul Futuh, que foi detido na semana passada por ter criticado a falta de garantias nas eleições de março, é acusado pela Promotoria de se unir "a um grupo ilegal que procura danificar os interesses e as capacidades do Estado egípcio", segundo informou a agência oficial de notícias "Mena".

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Além de Abul Futuh, outros 15 suspeitos acusados dos mesmos delitos, foram incluídos na lista de terroristas por ordem do Tribunal Penal do sul do Cairo.

O opositor foi integrante da Irmandade Muçulmana até 2011, dois anos antes de o atual Governo ilegalizar essa organização islamita e a considerar "terrorista".

A Promotoria de Segurança do Estado decidiu na quinta-feira prender Abul Futuh durante 15 dias de forma preventiva depois de acusá-lo de "divulgar notícias falsas" e "liderar um grupo fundado ilegalmente a fim de entorpecer a Constituição e as leis".

Além disso, o grupo foi acusado de "agredir a liberdade pessoal dos cidadãos, danar a união nacional e a paz social", além de tentar "mudar o sistema de governo à força e não aderir à ordem pública".

Abul Futuh foi detido depois de conceder uma entrevista na qual fez uma chamada a um boicote às eleições presidenciais de março, por considerar que não são limpas e nem livres.

Dez ONG egípcias exigiram na sexta-feira a libertação imediata de Abul Futuh e dos militares Sami Anan e Ahmed Qonsoua, que são acusados de cometer crimes ao anunciar sua candidatura às eleições.

As ONG condenaram as detenções de opositores, com as quais consideram que o Governo de Abdul Fatah al Sisi pretende "silenciar" os que se atrevem a criticar as eleições presidenciais são uma "farsa".

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