Egípcios vão às urnas para referendo sobre Constituição
Começa a votação final do referendo sobre a nova Constituição baseada nos princípios da lei islâmica, com a população polarizada e um dia após confrontos
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2012 às 09h32.
Cairo - Os egípcios votam neste sábado na segunda e final etapa de um referendo sobre uma nova Constituição baseada nos princípios da lei islâmica que polarizou a nação. São poucas as chances de o resultado da votação encerrar a crise política na qual o país se encontra.
A segunda fase do referendo ocorre um dia depois de confrontos entre aliados e oponentes do presidente Mohammed Morsi na cidade portuária de Alexandria. Foi a mais recente onda de violência em mais de quatro semanas de turbulência, com o país dividido primeiro com o decreto de Morsi para ampliar seus poderes e depois com a proposta de nova Constituição.
A votação deste sábado acontece em 17 das 27 províncias egípcias, havendo cerca de 25 milhões de eleitores. Na primeira rodada, em 15 de dezembro, 32% dos egípcios compareceram às urnas. Destes, 56% se posicionaram a favor da Constituição, segundo dados não oficiais.
"Eu vim mais cedo para garantir que o meu 'não' estaria entre os primeiros de hoje", comentou o gerente de uma petrolífera, Mahmoud Abdel-Aziz, enquanto aguardava em uma fila do lado de fora do local de votação no distrito de Dokki, em uma cidade que fica do lado oposto de Cairo, no oeste do rio Nilo. "Eu estou aqui para dizer não ao Morsi e à sua Irmandade Muçulmana", reforçou. Também da região, a contadora e mãe de Sahar Mohamed Zakaria tinha uma opinião diferente. "Eu voto sim pela estabilidade", revelou ela.
Em parte, a divisão do Egito estará centrada em quem guiará o caminho do país dois anos depois da queda de Hosni Mubarak. A oposição teme que os islâmicos estejam criando uma nova autocracia estilo Mubarak. Eles acusam a Irmandade de monopolizar os poderes. Já os aliados de Morsi afirmam que a oposição tenta usar as ruas para reverter sua derrota nas urnas nos últimos dois anos.
Se a nova Constituição for adotada, o presidente egípcio convocará eleições parlamentares dentro de dois meses. As informações são da Associated Press.
Cairo - Os egípcios votam neste sábado na segunda e final etapa de um referendo sobre uma nova Constituição baseada nos princípios da lei islâmica que polarizou a nação. São poucas as chances de o resultado da votação encerrar a crise política na qual o país se encontra.
A segunda fase do referendo ocorre um dia depois de confrontos entre aliados e oponentes do presidente Mohammed Morsi na cidade portuária de Alexandria. Foi a mais recente onda de violência em mais de quatro semanas de turbulência, com o país dividido primeiro com o decreto de Morsi para ampliar seus poderes e depois com a proposta de nova Constituição.
A votação deste sábado acontece em 17 das 27 províncias egípcias, havendo cerca de 25 milhões de eleitores. Na primeira rodada, em 15 de dezembro, 32% dos egípcios compareceram às urnas. Destes, 56% se posicionaram a favor da Constituição, segundo dados não oficiais.
"Eu vim mais cedo para garantir que o meu 'não' estaria entre os primeiros de hoje", comentou o gerente de uma petrolífera, Mahmoud Abdel-Aziz, enquanto aguardava em uma fila do lado de fora do local de votação no distrito de Dokki, em uma cidade que fica do lado oposto de Cairo, no oeste do rio Nilo. "Eu estou aqui para dizer não ao Morsi e à sua Irmandade Muçulmana", reforçou. Também da região, a contadora e mãe de Sahar Mohamed Zakaria tinha uma opinião diferente. "Eu voto sim pela estabilidade", revelou ela.
Em parte, a divisão do Egito estará centrada em quem guiará o caminho do país dois anos depois da queda de Hosni Mubarak. A oposição teme que os islâmicos estejam criando uma nova autocracia estilo Mubarak. Eles acusam a Irmandade de monopolizar os poderes. Já os aliados de Morsi afirmam que a oposição tenta usar as ruas para reverter sua derrota nas urnas nos últimos dois anos.
Se a nova Constituição for adotada, o presidente egípcio convocará eleições parlamentares dentro de dois meses. As informações são da Associated Press.