Efe completa 75 anos como uma das maiores agências do mundo
Criada como uma pequena agência local de notícias em 1939, em meio a uma Espanha devastada pela Guerra Civil, a Agência Efe completa 75 anos nesta sexta
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 16h48.
Madri - Criada como uma pequena agência local de notícias em 1939, em meio a uma Espanha devastada pela Guerra Civil, a Agência Efe completa 75 anos nesta sexta-feira, entre as quatro maiores do mundo, como a número 1 em língua espanhola, e com atuação marcante no Brasil.
Nestas sete décadas e meia de atividade ininterrupta, foram várias as gerações de jornalistas empenhando um papel de destaque, ajudando a construir a reputação da Efe.
Atualmente, são mais de 3 mil profissionais de 60 nacionalidades formando o time da agência.
No início, eram apenas radiotelegrafistas, que recebiam em Madri as informações de todo o mundo e as redigiam.
A partir daí, um entregador levava de bicicleta as informações para os veículos de comunicação da capital espanhola.
Desde então, a Efe se tornou um dos marcos de troca de informações e história entre as duas margens do Atlântico, primeiro com notas curtas ou teletipos, e atualmente com transmissão de notícias instantâneas de diferentes formatos, via satélite ou internet para todo o mundo.
A história da Efe nas décadas de 40 e 50 corre paralelamente a do regime de Francisco Franco, que passou do isolamento do pós-guerra civil espanhola à tímida e progressiva abertura internacional, que se inicia em 1955, após incorporação da Espanha à Organização das Nações Unidas ( ONU ).
A Efe, que nasceu como uma empresa privada com participação de outros meios de comunicação, foi declarada em 1956 como de "interesse nacional" pelo governo espanhol, que adquiriu neste momento as primeiras ações da companhia.
Em 2 de janeiro de 1966, a agência inaugurou o serviço de informações para o exterior, com distribuição de notícias voltada para a América Latina. Neste momento foram inaugurados escritórios em capitais como Buenos Aires, Lima, Caracas e Cidade do México.
Este foi um passo preliminar para a criação, em 1972, junto com renomados veículos de comunicação locais, da Agência Centro-Americana de Notícias (ACAN), com sede no Panamá.
A expansão da Agência Efe continuou nas seguintes décadas com o lançamento dos serviços de notícias em português, inglês e árabe, além da unificação dos critérios de redação desde 1976, com a criação do primeiro "Manual de Estilo", que já foi reeditado várias vezes e virou referência em jornalismo.
Na década de 90, houve um novo passo no processo de expansão, com a abertura de centros de edição multimídia em Miami e Bogotá, que aproximaram a informação produzida nas Américas a seus destinatários, assim como reforço na presença da agência na Europa, Oriente Médio, restante da Ásia e África.
Dois fatos marcaram a modernização da Efe nas últimas décadas, e ajudaram a colocar as notícias da agência no centro da atenção mundial: a Copa do Mundo de 1982, na Espanha, e os Jogos Olímpicos de Barcelona, 10 anos mais tarde.
A Efe buscou assumir os desafios de conseguir velocidade e ampliar o volume de transmissões em todos os formatos, o que foi atingido com sucesso do ponto de vista tecnológico e multimídia.
Ainda na década de 80, a agência iniciou seus primeiros serviços de rádio, abriu escritórios de televisão na Espanha e em outros países, além de criar seu primeiro estúdio de TV.
Em 1992, a Efe integrou suas bases de dados e chegou a ser a maior fonte de armazenamento de documentos e notícias em espanhol do mundo, até a ampla difusão das ferramentas de busca da internet.
Embora o trabalho diário nos escritórios sejam realizados por milhares de profissionais, a Efe se orgulha de ter contado com a colaboração de grandes nomes como de Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Jorge Luis Borges, Júlio Cortázar, entre outros.
Outra figura ilustre que integrou as fileiras da Efe foi a estagiária de jornalismo Letizia Ortiz, esposa do príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon.
Todos ajudaram na conquista obtida em 1995, com a concessão do Prêmio Príncipe de Astúrias de Comunicação e Humanidades à Agência Efe, que anualmente faz a entrega do Prêmio Rei da Espanha, aos destaques do jornalismo em língua espanhola.
A Efe é também uma grande agência em números: 3 milhões de notícias transmitidas por ano, 900 mil fotografias, 40 mil vídeos, 40 mil notícias em áudio e 4 mil reportagens.
A agência tem acumulado o maior arquivo fotográfico de uma empresa espanhola, com 15 milhões de imagens, que com textos e vídeos alcançam o total de 29 milhões de documentos, indispensáveis para conhecer parte da história contemporânea.
No século XXI, tendo a internet como aliado, a agência conta com serviços especializados de informação em sites como "Euroefe", "Efesalud", "Efeverde", "Efeestilo", "Efeempresas", "Efefuturo" e "Efemotor".
Passadas sete décadas, ainda não há uma versão oficial sobre a origem da sigla Efe, embora, alguns profissionais tenham uma versão que é ligada ao desejo, de que a agência seja sempre lembrada por sua "Eficacia, Fiabilidad o Experiencia" (eficácia, confiabilidade ou experiência, em português).
Madri - Criada como uma pequena agência local de notícias em 1939, em meio a uma Espanha devastada pela Guerra Civil, a Agência Efe completa 75 anos nesta sexta-feira, entre as quatro maiores do mundo, como a número 1 em língua espanhola, e com atuação marcante no Brasil.
Nestas sete décadas e meia de atividade ininterrupta, foram várias as gerações de jornalistas empenhando um papel de destaque, ajudando a construir a reputação da Efe.
Atualmente, são mais de 3 mil profissionais de 60 nacionalidades formando o time da agência.
No início, eram apenas radiotelegrafistas, que recebiam em Madri as informações de todo o mundo e as redigiam.
A partir daí, um entregador levava de bicicleta as informações para os veículos de comunicação da capital espanhola.
Desde então, a Efe se tornou um dos marcos de troca de informações e história entre as duas margens do Atlântico, primeiro com notas curtas ou teletipos, e atualmente com transmissão de notícias instantâneas de diferentes formatos, via satélite ou internet para todo o mundo.
A história da Efe nas décadas de 40 e 50 corre paralelamente a do regime de Francisco Franco, que passou do isolamento do pós-guerra civil espanhola à tímida e progressiva abertura internacional, que se inicia em 1955, após incorporação da Espanha à Organização das Nações Unidas ( ONU ).
A Efe, que nasceu como uma empresa privada com participação de outros meios de comunicação, foi declarada em 1956 como de "interesse nacional" pelo governo espanhol, que adquiriu neste momento as primeiras ações da companhia.
Em 2 de janeiro de 1966, a agência inaugurou o serviço de informações para o exterior, com distribuição de notícias voltada para a América Latina. Neste momento foram inaugurados escritórios em capitais como Buenos Aires, Lima, Caracas e Cidade do México.
Este foi um passo preliminar para a criação, em 1972, junto com renomados veículos de comunicação locais, da Agência Centro-Americana de Notícias (ACAN), com sede no Panamá.
A expansão da Agência Efe continuou nas seguintes décadas com o lançamento dos serviços de notícias em português, inglês e árabe, além da unificação dos critérios de redação desde 1976, com a criação do primeiro "Manual de Estilo", que já foi reeditado várias vezes e virou referência em jornalismo.
Na década de 90, houve um novo passo no processo de expansão, com a abertura de centros de edição multimídia em Miami e Bogotá, que aproximaram a informação produzida nas Américas a seus destinatários, assim como reforço na presença da agência na Europa, Oriente Médio, restante da Ásia e África.
Dois fatos marcaram a modernização da Efe nas últimas décadas, e ajudaram a colocar as notícias da agência no centro da atenção mundial: a Copa do Mundo de 1982, na Espanha, e os Jogos Olímpicos de Barcelona, 10 anos mais tarde.
A Efe buscou assumir os desafios de conseguir velocidade e ampliar o volume de transmissões em todos os formatos, o que foi atingido com sucesso do ponto de vista tecnológico e multimídia.
Ainda na década de 80, a agência iniciou seus primeiros serviços de rádio, abriu escritórios de televisão na Espanha e em outros países, além de criar seu primeiro estúdio de TV.
Em 1992, a Efe integrou suas bases de dados e chegou a ser a maior fonte de armazenamento de documentos e notícias em espanhol do mundo, até a ampla difusão das ferramentas de busca da internet.
Embora o trabalho diário nos escritórios sejam realizados por milhares de profissionais, a Efe se orgulha de ter contado com a colaboração de grandes nomes como de Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Jorge Luis Borges, Júlio Cortázar, entre outros.
Outra figura ilustre que integrou as fileiras da Efe foi a estagiária de jornalismo Letizia Ortiz, esposa do príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon.
Todos ajudaram na conquista obtida em 1995, com a concessão do Prêmio Príncipe de Astúrias de Comunicação e Humanidades à Agência Efe, que anualmente faz a entrega do Prêmio Rei da Espanha, aos destaques do jornalismo em língua espanhola.
A Efe é também uma grande agência em números: 3 milhões de notícias transmitidas por ano, 900 mil fotografias, 40 mil vídeos, 40 mil notícias em áudio e 4 mil reportagens.
A agência tem acumulado o maior arquivo fotográfico de uma empresa espanhola, com 15 milhões de imagens, que com textos e vídeos alcançam o total de 29 milhões de documentos, indispensáveis para conhecer parte da história contemporânea.
No século XXI, tendo a internet como aliado, a agência conta com serviços especializados de informação em sites como "Euroefe", "Efesalud", "Efeverde", "Efeestilo", "Efeempresas", "Efefuturo" e "Efemotor".
Passadas sete décadas, ainda não há uma versão oficial sobre a origem da sigla Efe, embora, alguns profissionais tenham uma versão que é ligada ao desejo, de que a agência seja sempre lembrada por sua "Eficacia, Fiabilidad o Experiencia" (eficácia, confiabilidade ou experiência, em português).