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Edmundo Gonzáles pede que Maduro pare com 'violência e perseguições' na Venezuela

Candidato da oposição fez apelo em um vídeo publicado nas redes socais; país lida com instabilidade política desde o resultado das eleições de 28 de julho

O candidato à Presidência Edmundo González Urrutia (AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 11 de agosto de 2024 às 09h29.

O candidato da oposição Edmundo González Urrutia, pediu que o goveno do presidente Nicolás Maduro que pare com "a violência e as perseguições" contra os manifestantes que foram protestar nas ruas após o resultado das eleições de 28 de julho que deram a vitória para o atual presidente.

"Senhor Nicolás Maduro, lhe faço um apelo em nome de todos os venezuelanos para que detenha a violência e as perseguições e liberte de imediato todos os compatriotas detidos arbitrariamente ", disse González Urrutia no sábado, 10, em um vídeo divulgado em suas redes sociais.

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Manifestações pelo país

Desde 29 de julho, manifestantes contrários a Nicolás Maduro ocupam as ruas da capital Caracas e de outras cidades da Venezuela, pois o processo eleitoral que reelegeu o atual governante para um terceiro mandato de seis anos, é alvo de deconfiança internacional, uma vez que não há transparência em torno das atas eleitorais e há suspeitas de fraude.

Até agora, o CNE, de viés governista, não publicou os números detalhados da votação alegando que seu sistema foi hackeado. Apenas divulgou o resultado geral sem os dados desagregados por seção eleitoral nem por estado.

O próprio Maduro revelou que mais de 2.200 pessoas foram presas após os protestos pós-eleitorais.
"Crime é desaparecer, perseguir, prender e condenar injustamente centenas de cidadãos inocentes, crime é reprimir com selvageria manifestantes pacíficos", acrescentou o opositor, que afirma ter vencido as eleições com 67% dos votos.

Organizações de direitos humanos documentaram pelo menos 24 mortes nos protestos que eclodiram após a divulgação dos resultados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deram um terceiro mandato a Maduro com 52% dos votos.

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Confirmação do resultado

González Urruti a é investigado pela Justiça - acusada de ser aparelhada pelo chavismo- junto com a líder opositora María Corina Machado por "instigação à desobediência", "crimes cibernéticos" e "conspiração", depois de publicar atas eleitorais em um site que o governo tacha de "fraudulento".

Maduro, por sua vez, compareceu ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que a oposição acusa de servir ao governo, para interpor um recurso destinado a "auditar" os resultados.

A máxima instância judicial daVenezueladisse neste sábado que as decisões que proferir sobre o caso terão caráter de "coisa julgada" e não caberá recurso.

Manifestações na Venezuela após eleição de Maduro

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