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Drogas são ameaça que movimentam US$ 320 bilhões por ano

Drogas são uma ameaça internacional que movimenta US$ 320 bilhões ao ano, um mercado que não diminuiu nos últimos cinco anos, alertou a ONU

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 10h36.

Viena - As drogas são uma ameaça internacional que movimenta US$ 320 bilhões ao ano, um mercado que não diminuiu nos últimos cinco anos, alertou a ONU na abertura da Comissão de Narcóticos das Nações Unidas, que defendeu o respeito aos direitos humanos dentro desta questão.

"O narcotráfico é um negócio multimilionário que alimenta as redes criminosas a um ponto que não podemos compreender bem ainda. As drogas ilegais geram ao redor de US$ 320 bilhões anuais, e isto é um número em baixa (perspectiva)", declarou o subsecretário-geral da ONU Jan Eliasson.

Eliasson discursou na abertura da Comissão hoje em Viena, em que 120 países revisam a situação do problema mundial das drogas.

O subsecretário-geral destacou que o narcotráfico afeta a lei e gera corrupção, o que tem um impacto negativo no desenvolvimento.

"As drogas ilícitas e o narcotráfico afetam de forma desproporcional os mais pobres e vulneráveis", alertou, e lembrou que na luta contra as drogas o respeito aos direitos humanos deve ser um princípio fundamental.

Eliasson também comentou que alternativas à prisão dos consumidores de drogas devem ser pensadas, e lembrou que os "verdadeiros criminosos são os traficantes".

E no debate sobre o futuro, o responsável da ONU afirmou que "não se deve se assustar ao lidar com ideias e perspectivas inovadoras", mas ressaltou que as atuais convenções internacionais devem ser a base para qualquer prática.


Quem também discursou foi o diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), o russo Yuri Fedotov, que afirmou que as drogas são uma grande ameaça para a saúde das pessoas e para o desenvolvimento de vários países.

Ele reconheceu que "a magnitude geral da demanda de drogas não mudou substancialmente em nível mundial", o que contrasta com os objetivos fixados em 2009 de eliminá-la ou reduzi-la de forma significativa até 2019.

Assim, a queda do consumo de drogas em algumas regiões foi compensada com um aumento em outras, lamentou Fedotov.

Entre os sucessos dos últimos anos, o responsável da UNODC revelou que o mercado da cocaína caiu e os plantios de folha de coca diminuíram 26% entre 2007 e 2011.

Entre os revezes destacou a piora da situação no Afeganistão, com uma colheita sem precedentes de papoula em 2013, de 209 mil hectares.

Fedotov também destacou o "dramático" aumento da violência na América Central e ressaltou: "devemos fazer o que pudermos para combater este problema de forma urgente".

Da mesma forma que Eliasson, Fedotov reivindicou um enfoque que aborde o problema das drogas como uma questão de saúde pública, e não simplesmente criminal, e encorajou os países a considerarem "alternativas à penalização e ao encarceramento".

E indicou que a pena de morte aplicada em crimes não violentos ligados as drogas não está no espírito da legislação internacional.

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Viena - As drogas são uma ameaça internacional que movimenta US$ 320 bilhões ao ano, um mercado que não diminuiu nos últimos cinco anos, alertou a ONU na abertura da Comissão de Narcóticos das Nações Unidas, que defendeu o respeito aos direitos humanos dentro desta questão.

"O narcotráfico é um negócio multimilionário que alimenta as redes criminosas a um ponto que não podemos compreender bem ainda. As drogas ilegais geram ao redor de US$ 320 bilhões anuais, e isto é um número em baixa (perspectiva)", declarou o subsecretário-geral da ONU Jan Eliasson.

Eliasson discursou na abertura da Comissão hoje em Viena, em que 120 países revisam a situação do problema mundial das drogas.

O subsecretário-geral destacou que o narcotráfico afeta a lei e gera corrupção, o que tem um impacto negativo no desenvolvimento.

"As drogas ilícitas e o narcotráfico afetam de forma desproporcional os mais pobres e vulneráveis", alertou, e lembrou que na luta contra as drogas o respeito aos direitos humanos deve ser um princípio fundamental.

Eliasson também comentou que alternativas à prisão dos consumidores de drogas devem ser pensadas, e lembrou que os "verdadeiros criminosos são os traficantes".

E no debate sobre o futuro, o responsável da ONU afirmou que "não se deve se assustar ao lidar com ideias e perspectivas inovadoras", mas ressaltou que as atuais convenções internacionais devem ser a base para qualquer prática.


Quem também discursou foi o diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), o russo Yuri Fedotov, que afirmou que as drogas são uma grande ameaça para a saúde das pessoas e para o desenvolvimento de vários países.

Ele reconheceu que "a magnitude geral da demanda de drogas não mudou substancialmente em nível mundial", o que contrasta com os objetivos fixados em 2009 de eliminá-la ou reduzi-la de forma significativa até 2019.

Assim, a queda do consumo de drogas em algumas regiões foi compensada com um aumento em outras, lamentou Fedotov.

Entre os sucessos dos últimos anos, o responsável da UNODC revelou que o mercado da cocaína caiu e os plantios de folha de coca diminuíram 26% entre 2007 e 2011.

Entre os revezes destacou a piora da situação no Afeganistão, com uma colheita sem precedentes de papoula em 2013, de 209 mil hectares.

Fedotov também destacou o "dramático" aumento da violência na América Central e ressaltou: "devemos fazer o que pudermos para combater este problema de forma urgente".

Da mesma forma que Eliasson, Fedotov reivindicou um enfoque que aborde o problema das drogas como uma questão de saúde pública, e não simplesmente criminal, e encorajou os países a considerarem "alternativas à penalização e ao encarceramento".

E indicou que a pena de morte aplicada em crimes não violentos ligados as drogas não está no espírito da legislação internacional.

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