Donald Trump: ele afirmou que o procurador-geral, Eric Schneiderman, "quer publicidade" e sugeriu que Barack Obama, de quem é crítico ferrenho, poderia estar por trás da acusação contra ele (Ben Nelms / Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2013 às 13h39.
Nova York - O procurador-geral do estado de Nova York, Eric Schneiderman, anunciou formalmente nesta segunda-feira uma acusação por fraude contra o milionário Donald Trump, que assegurou que o funcionário age movido por objetivos políticos e que "é um pirata político".
Trump afirmou que Schneiderman "quer publicidade" e sugeriu que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de quem é crítico ferrenho, poderia estar por trás da acusação contra ele.
O milionário foi um dos principais instigadores da teoria de que Obama não nasceu nos Estados Unidos, o que o incapacitaria de ser presidente do país.
A acusação por fraude contra o milionário vazou a alguns veículos de imprensa durante o fim de semana, em relação às atividades da chamada Universidade Trump, que prometia formar especialistas em mercado imobiliário.
Entre 2005 e 2011, "a Universidade Trump funcionou como um instituto educativo sem licença" que prometia ensinar técnicas de investimento nos bens imobiliários de Donald Trump, mas "levou os consumidores a pagar por uma série de cursos caros que não cumpriam essas promessas", declarou hoje Schneiderman em comunicado.
Mais de 5 mil pessoas de todos os Estados Unidos pagaram US$ 40 milhões por "lições que nunca tiveram" de um método de investimento imobiliário, acrescentou Schneiderman.
Além disso, os réus utilizaram o nome da "Universidade Trump" sem autorização legal do estado para usar o nome universidade, e também não tinham licença segundo a Lei de Educação do Estado de Nova York.
O processo, que detalha algumas das práticas com que os consumidores teriam sido enganados, reivindica a devolução de mais de US$ 40 milhões para os mais de 5 mil afetados. EFE