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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.
À medida que os dados de comércio internacional são divulgados, a indústria americana começa a ver um quadro bastante encorajador para suas atividades: apoiadas pelo dólar fraco e por uma forte expansão da economia mundial, as empresas dos Estados Unidos encontram cada vez mais clientes no exterior.
Nos cinco primeiros meses do ano, o total de bens exportados pelos americanos foi de 376 bilhões de dólares, com valores já corrigidos pela inflação. A cifra é 10% superior à do mesmo período de 2005. Os embarques de bens de capital, como equipamentos pesados para construção e máquinas-ferramentas, subiram ainda mais - 15%. Em contrapartida, as importações avançaram em ritmo menor - 6% - e totalizaram 666 bilhões de dólares até maio.
As importações americanas continuam muito superiores às exportações, o que fomenta um grande rombo comercial. Mas os economistas assinalam que o repique das vendas externas pode, pelo menos, estabilizar o déficit comercial. Para muitos especialistas, o desequilíbrio na balança americana é uma das principais ameaças à estabilidade econômica e financeira mundial.
Segundo o americano The Wall Street Journal, a expansão do mercado externo também pode ajudar os empresários a manter um acelerado ritmo de crescimento e investir em novos projetos, a despeito da esperada desaceleração do próprio mercado interno. "Estamos começando a ver uma história razoavelmente clara e encorajadora", afirma Jan Hatzius, economista-chefe dos Goldman Sachs em Nova York.