Dilma diz que Lula só fará campanha em fim de semana
Brasília No dia em que a Advocacia-Geral da União (AGU) lançou uma cartilha com orientações sobre condutas vedadas aos agentes públicos durante o período eleitoral, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do governo à disputa presidencial, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só deve participar de eventos da sua […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília No dia em que a Advocacia-Geral da União (AGU) lançou uma cartilha com orientações sobre condutas vedadas aos agentes públicos durante o período eleitoral, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do governo à disputa presidencial, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só deve participar de eventos da sua campanha nos horários livres e durante os finais de semana.
Ontem, dia 16, na chegada para um jantar com parlamentares e lideranças do PTB, em Brasília, Dilma tentou minimizar a presença de Lula em sua campanha e disse que a conduta dele após o dia 3 de abril, quando ela deve deixar o ministério, ainda não foi discutida.
"Não discutimos essa questão. Achamos que não é necessário. Não estamos valorizando muito isso. Estamos mais interessados em uma outra relação, com o presidente participando [da campanha] nos horários livres, nos finais de semana e em reuniões partidárias fechadas. Não valorizamos isso como estratégia da minha campanha", afirmou a ministra.
Dilma chegou ao encontro acompanhada do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, do deputado federal, Antônio Palocci (PT-SP), e do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que devem integrar a coordenação de sua campanha.
Em relação ao possível apoio do PTB à sua candidatura, Dilma ponderou que não vê problemas na possibilidade de que apenas parte da sigla caminhe ao seu lado na disputa presidencial. Isso porque o presidente do partido, o deputado cassado Roberto Jefferson, deve apoiar o candidato tucano José Serra, governador de São Paulo.
"Sempre que for possível, gostaria [ do apoio total do partido ]. Mas achamos que pode ser perfeitamente uma parte do partido. O que queremos é o apoio integral do partido, agora, se é possível ou não, não sabemos", argumentou Dilma ao lado do vice-presidente do PTB e vice-líder do governo no Congresso, senador Gim Argello (DF).
"Essa é uma reunião com o PTB que faz parte dos encontros com os partidos que integram a base aliada do governo e que a gente espera manter como sendo a base da candidatura presidencial", reforçou a ministra.
Já Gim Argello, disse que a maior parte do PTB, cerca de 15 diretórios estaduais, está a favor do apoio à candidatura de Dilma Rousseff. Segundo ele, durante o período eleitoral a legenda não deve selar aliança nacional para que os estados fiquem livres para fechar acordos locais.
Além de representantes do PTB, também participaram do encontro político o presidente do senado, José Sarney e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ambos do PMDB.