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Dilma afirma que não vai acabar com fator previdenciário

Presidente afirmou que não pretende rever a fórmula de cálculo para benefícios previdenciários

Dilma Rousseff tira uma selfie durante visita em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 18h18.

A presidente Dilma Rousseff , que concorre à reeleição, disse nesta sexta-feira que não pretende rever a fórmula de cálculo para benefícios previdenciários, conhecida como fator previdenciário , uma antiga demanda das centrais sindicais.

"Não vou acabar com o fator previdenciário no segundo mandato e nem tratei dessa questão", afirmou a presidente em Novo Hamburgo (RS), após visitar o sistema de trens urbanos.

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A fórmula leva em conta o tempo de contribuição, a idade da pessoa que se aposentou e a expectativa de vida da população. O método é criticado pelas centrais, que consideram que o uso da expectativa de vida reduz o valor do benefício.

"Acho que qualquer mudança na Previdência tem que levar em conta a forma pela qual há o envelhecimento da população brasileira", argumentou a presidente. Sem isso, segundo ela, mudar "é uma temeridade."

"Acho que quem falar que vai acabar com fator previdenciário tem que falar como é que paga (os benefícios)", disse Dilma.

A petista também criticou, sem citar nominalmente, a proposta da candidatura do PSB, que sugere a redução da meta de inflação para 3 por cento ao longo dos próximos quatro anos. Hoje a meta de inflação é de 4,5 por cento, podendo oscilar numa banda de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A inflação acumulada em 12 meses no país tem batido no teto da meta.

"É impossível você falar que 'vou reduzir a meta de inflação' e não explicar o que faz com os programas sociais, porque quem falar para vocês que vai reduzir a meta de inflação, no dia seguinte tem que cortar programa social", argumentou Dilma.

Emprego

Dilma voltou a defender a gestão econômica do governo frente à crise mundial e disse que é normal haver uma redução no ritmo da geração de emprego nesse momento.

Apesar de ainda baixo para os níveis históricos, o desemprego tem se alastrado nesse momento eleitoral por vários setores da economia, e a geração da vagas formais tem sido a mais baixa dos últimos anos.

"É obvio que nós não vamos manter a mesma geração de emprego que nós mantínhamos logo no início, quando saímos do desemprego e começamos a crescer", argumentou a presidente.

"No Brasil não tem situação de desemprego... É óbvio que tem uso eleitoral dos processos de flutuação", disse.

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