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Diálogo é vital contra violência em nome de Deus, diz papa

Resolver as divisões entre muçulmanos e cristãos é o principal objetivo de Francisco em sua primeira turnê na África

Papa Francisco em meio a multidão em Nairóbi: um terço dos 45 milhões de habitantes do Quênia é católico (Thomas Mukoya/REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 08h41.

Nairóbi - O papa Francisco disse nesta quinta-feira no Quênia, país onde têm ocorrido ataques de militantes islamistas, que o diálogo entre as religiões na África é essencial para ensinar os jovens que a violência em nome de Deus é injustificada.

Resolver as divisões entre muçulmanos e cristãos é o principal objetivo de sua primeira turnê no continente, a qual também inclui Uganda, país que, como o Quênia, tem sido alvo de uma série de ataques islamistas, e à República Centro-Africana, dilacerada por conflitos sectários.

Iniciando o giro pela capital queniana, Francisco se encontrou com muçulmanos e outros líderes religiosos antes de celebrar uma missa ao ar livre para dezenas de milhares de pessoas encharcadas pela chuva, que cantaram, dançaram e ulularam quando ele chegou num papamóvel aberto.

"Muitas vezes os jovens estão se radicalizando em nome da religião para semear a discórdia e o medo, e para rasgar a estrutura das nossas sociedades", disse ele a cerca de 25 líderes religiosos.

O diálogo inter-religioso "não é um luxo. Não é algo extra ou opcional, mas essencial", disse o pontífice, sublinhando que o nome de Deus "nunca deve ser usado para justificar o ódio e a violência".

Ele se referiu aos ataques da Al Shabaab, grupo islamista da Somália, no centro comercial Westgate Nairobi e na universidade de Garissa, este ano. Centenas de pessoas foram mortas nos últimos dois ou três anos, e os cristãos às vezes são o alvo preferencial de homens armados.

O presidente do Conselho Supremo dos Muçulmanos do Quênia, Abdulghafur El-Busaidy, fez um apelo pela cooperação e tolerância. "Como pessoas de um só Deus e deste mundo, temos de nos posicionar, e em uníssono", disse o papa.

O giro africano de Francisco também busca a aproximação com a crescente população católica do continente, que deve chegar a meio bilhão de pessoas até 2050.

Um terço dos 45 milhões de habitantes do Quênia é católico.

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Nairóbi - O papa Francisco disse nesta quinta-feira no Quênia, país onde têm ocorrido ataques de militantes islamistas, que o diálogo entre as religiões na África é essencial para ensinar os jovens que a violência em nome de Deus é injustificada.

Resolver as divisões entre muçulmanos e cristãos é o principal objetivo de sua primeira turnê no continente, a qual também inclui Uganda, país que, como o Quênia, tem sido alvo de uma série de ataques islamistas, e à República Centro-Africana, dilacerada por conflitos sectários.

Iniciando o giro pela capital queniana, Francisco se encontrou com muçulmanos e outros líderes religiosos antes de celebrar uma missa ao ar livre para dezenas de milhares de pessoas encharcadas pela chuva, que cantaram, dançaram e ulularam quando ele chegou num papamóvel aberto.

"Muitas vezes os jovens estão se radicalizando em nome da religião para semear a discórdia e o medo, e para rasgar a estrutura das nossas sociedades", disse ele a cerca de 25 líderes religiosos.

O diálogo inter-religioso "não é um luxo. Não é algo extra ou opcional, mas essencial", disse o pontífice, sublinhando que o nome de Deus "nunca deve ser usado para justificar o ódio e a violência".

Ele se referiu aos ataques da Al Shabaab, grupo islamista da Somália, no centro comercial Westgate Nairobi e na universidade de Garissa, este ano. Centenas de pessoas foram mortas nos últimos dois ou três anos, e os cristãos às vezes são o alvo preferencial de homens armados.

O presidente do Conselho Supremo dos Muçulmanos do Quênia, Abdulghafur El-Busaidy, fez um apelo pela cooperação e tolerância. "Como pessoas de um só Deus e deste mundo, temos de nos posicionar, e em uníssono", disse o papa.

O giro africano de Francisco também busca a aproximação com a crescente população católica do continente, que deve chegar a meio bilhão de pessoas até 2050.

Um terço dos 45 milhões de habitantes do Quênia é católico.

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