Desfile militar da China não contará com principais líderes
O desfile celebrará a rendição do Japão, em 2 de setembro de 1945, e o fim da ocupação do exército nipônico na China
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2015 às 10h59.
O governo chinês exibirá seu poderio militar nesta quinta-feira em um desfile com mais de 12.000 soldados, 200 aviões e tanques para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial, um evento que não contará com a presença da maioria dos líderes ocidentais.
O presidente chinês Xi Jinping vai liderar o 70º aniversário do que Pequim chama de "vitória da guerra de resistência do povo chinês contra a agressão japonesa e da guerra mundial contra o fascismo".
O desfile celebrará a rendição do Japão, em 2 de setembro de 1945, e o fim da ocupação do exército nipônico na China.
Quase 850.000 voluntários foram mobilizados para vigiar as ruas, bairros inteiros serão isolados e os aeroportos permanecerão fechados por algumas horas. Nada pode perturbar o espetáculo.
Várias fábricas foram fechadas desde meados de agosto para garantir um céu azul, sem os sinais da poluição.
No momento em que a China tenta impor sua imagem como uma potência mundial no cenário diplomático, no mesmo nível que os Estados Unidos, o desfile tem a aparência de uma exibição de seu poder.
"É uma clássica exibição de poder. Tentam chamar o máximo de atenção possível, mostrar o poder do país", disse à AFP John Delury, da Univerdade Yonsei de Seul.
E isto acontece em um contexto geopolítico tenso, em meio a disputas territoriais entre Pequim e os vizinhos no Mar da China Meridional e no Mar de China Oriental.
Além disso, a parada militar acontecerá pouco depois da violenta queda nas Bolsas da China, que provocou muitas preocupações sobre a desaceleração da economia do país.
O evento será marcado ainda pela ausência dos principais governantes estrangeiros. O presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe não viajaram a Pequim.
Mas o desfile contará com as presenças do presidente russo, Vladimir Putin, de sua colega sul-coreana, Park Geun-Hye - cujo país foi colonizado pelo Japão, do presidente sul-africano, Jacob Zuma, e do secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon.
No caso da América Latina, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, viajou a Pequim.
A perspectiva de um desfile militar na Praça Tiananmen (Paz Celestial), onde o exército reprimiu de maneira violentas manifestações que pediam democracia em 1989, pode ter contribuído para a ausência das grandes potências ocidentais.
"A China permanece serena a respeito da ausência de alguns líderes ocidentais", afirma o jornal oficial Global Times.
Mas a reação não é a mesma ante a ausência nipônica. "Japão foge", apesar de sua invasão da China ter deixado entre 15 e 20 milhões de mortos. A ausência de seus dirigentes os "ridiculariza", afirma a publicação.
O porta-voz do ministério da Defesa, Yang Yujun, declarou que o "desfile não aponta para nenhum país", mas a imprensa estatal e a emissora de televisão central multiplicaram as reportagens e programas sobre as atrocidades e crimes de guerra cometidos pelo Japão, ao mesmo tempo que celebram os heróis comunistas que lutaram contra o invasor nipônico.
O governo chinês exibirá seu poderio militar nesta quinta-feira em um desfile com mais de 12.000 soldados, 200 aviões e tanques para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial, um evento que não contará com a presença da maioria dos líderes ocidentais.
O presidente chinês Xi Jinping vai liderar o 70º aniversário do que Pequim chama de "vitória da guerra de resistência do povo chinês contra a agressão japonesa e da guerra mundial contra o fascismo".
O desfile celebrará a rendição do Japão, em 2 de setembro de 1945, e o fim da ocupação do exército nipônico na China.
Quase 850.000 voluntários foram mobilizados para vigiar as ruas, bairros inteiros serão isolados e os aeroportos permanecerão fechados por algumas horas. Nada pode perturbar o espetáculo.
Várias fábricas foram fechadas desde meados de agosto para garantir um céu azul, sem os sinais da poluição.
No momento em que a China tenta impor sua imagem como uma potência mundial no cenário diplomático, no mesmo nível que os Estados Unidos, o desfile tem a aparência de uma exibição de seu poder.
"É uma clássica exibição de poder. Tentam chamar o máximo de atenção possível, mostrar o poder do país", disse à AFP John Delury, da Univerdade Yonsei de Seul.
E isto acontece em um contexto geopolítico tenso, em meio a disputas territoriais entre Pequim e os vizinhos no Mar da China Meridional e no Mar de China Oriental.
Além disso, a parada militar acontecerá pouco depois da violenta queda nas Bolsas da China, que provocou muitas preocupações sobre a desaceleração da economia do país.
O evento será marcado ainda pela ausência dos principais governantes estrangeiros. O presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe não viajaram a Pequim.
Mas o desfile contará com as presenças do presidente russo, Vladimir Putin, de sua colega sul-coreana, Park Geun-Hye - cujo país foi colonizado pelo Japão, do presidente sul-africano, Jacob Zuma, e do secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon.
No caso da América Latina, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, viajou a Pequim.
A perspectiva de um desfile militar na Praça Tiananmen (Paz Celestial), onde o exército reprimiu de maneira violentas manifestações que pediam democracia em 1989, pode ter contribuído para a ausência das grandes potências ocidentais.
"A China permanece serena a respeito da ausência de alguns líderes ocidentais", afirma o jornal oficial Global Times.
Mas a reação não é a mesma ante a ausência nipônica. "Japão foge", apesar de sua invasão da China ter deixado entre 15 e 20 milhões de mortos. A ausência de seus dirigentes os "ridiculariza", afirma a publicação.
O porta-voz do ministério da Defesa, Yang Yujun, declarou que o "desfile não aponta para nenhum país", mas a imprensa estatal e a emissora de televisão central multiplicaram as reportagens e programas sobre as atrocidades e crimes de guerra cometidos pelo Japão, ao mesmo tempo que celebram os heróis comunistas que lutaram contra o invasor nipônico.