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Desemprego cai nos Estados Unidos

O desemprego caiu a seu nível mais baixo desde dezembro de 2008 nos EUA, mas a criação de empregos decepcionou o mercado em agosto


	Bandeira dos EUA: há um ano atrás, a taxa de desemprego nos Estados Unidos estava em 8,1%, representando 12,5 milhões de desempregados, contra 11,3 milhões no mês passado (David Maung/Bloomberg)

Bandeira dos EUA: há um ano atrás, a taxa de desemprego nos Estados Unidos estava em 8,1%, representando 12,5 milhões de desempregados, contra 11,3 milhões no mês passado (David Maung/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 17h22.

O desemprego caiu a seu nível mais baixo desde dezembro de 2008 nos EUA, a 7,3%, mas a criação de empregos decepcionou o mercado em agosto, apesar de poder ser suficiente para que o Fed reduza seus estímulos, opinaram analistas.

A taxa de desemprego caiu 0,1 ponto, a 7,3% em agosto, seu menor nível em quase cinco anos, segundo dados do Departamento de Trabalho.

Contudo, o número de postos de trabalho criados foi decepcionante para o mercado (169.000), inferior à previsão média dos analistas (177.000) e, além disso, o total de contratações líquidas foi revisado para baixo para os dois meses anteriores.

As últimas medições apontaram um total de 74.000 postos a menos que nas cifras de junho e julho. O ritmo de criação mensal de empregos nos 12 últimos meses, que deve superar os 100.000 postos para que o desemprego não aumente, se situou em agosto em 184.000 contra 192.000 em julho.

Por outro lado, a leve queda da taxa de desemprego foi ajudada pela redução da população economicamente ativa em 0,2 ponto percentual, equivalente a 300.000 pessoas.


Este relatório oficial sobre emprego, que muitos analistas consideram fraco pode, contudo, "ser suficiente para limitar este mês" a política monetária ultra-flexível do Federal Reserve (Fed) norte-americano para sustentar a economia, estimou Ian Shepherdson, do gabinete de análise Pantheon Macroeconomics.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) acontecerá nos dias 17 e 18 de setembro.

"Continuamos esperando que o Fed comece a reduzir seu apoio à economia na próxima reunião, apesar de que haverá debate sobre as cifras", disse Jim O'Sullivan, chefe de economistas da HFE.

Alguns especialistas pensam, contudo, que o Fed dará esse passo em dezembro. "A taxa de desemprego retrocedeu com efeito da redução da população ativa que pela criação de empregos", afirmou Doug Handler, chefe de economistas da IHS Global Insight, que argumenta que "o momento mais provável" para uma redução das medidas do Fed "é dezembro".

"Não compreendo a precipitação em querer reduzir as medidas de apoio", acrescentou o economista independente Joel Naroff, segundo quem "os avanços em matéria de emprego, simplesmente não são suficientes".


Para Aichi Amemiya de Nomura o Fed tomará uma decisão efetiva desde setembro. "A causa da fragilidade dos índices, o FOMC (Comitê de Política Monetária) poderia decidir que começará a reduzir suas injeções de liquidez a quantias menores" que o esperado.

O Fed estuda há vários meses as cifras de emprego, esperando reduzir progressivamente e depois de acabar suas injeções de liquidez no circuito financeiro desde que a taxa de desemprego caia a 7%.

O Fed lançou um programa de compra de ativos no ano passado e, atualmente, injeta 85 bilhões de dólares no circuito financeiro através da aquisição de títulos do Tesouro e títulos hipotecários, uma forma de pressionar para baixo as taxas e favorecer a atividade econômica.

Um ano atrás, a taxa de desemprego nos Estados Unidos estava em 8,1%, representando 12,5 milhões de desempregados, contra 11,3 milhões no mês passado.

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