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Declaração de independência da Catalunha é criticada na UE

Declaração unilateral foi condenada tanto por líderes do bloco quanto por presidentes dos países europeus

Catalunha: "A UE não precisa de mais divisões", afirmou o presidente da Comissão Europeia (Yves Herman/Reuters)

Catalunha: "A UE não precisa de mais divisões", afirmou o presidente da Comissão Europeia (Yves Herman/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de outubro de 2017 às 15h45.

A declaração unilateral por parte do Parlamento regional catalão de uma "República Catalã como Estado independente" - uma ruptura sem precedentes na Espanha - não foi bem recebida pelas principais autoridades da União Europeia.

"A UE não precisa de mais divisões", afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

"Não devemos interferir nesse debate, mas não gostaria que amanhã a União Europeia viesse a ter 95 Estados membros", declarou Juncker à imprensa, durante uma visita à Guayana Francesa acompanhado do presidente francês Emmanuel Macron.

O presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani, pediu, por sua vez, a volta da legalidade na Catalunha.

"Ninguém na UE reconhecerá essa declaração. Mais do que nunca é preciso restabelecer a legalidade como base para o diálogo a fim de garantir as liberdades e os direitos de todos os cidadãos na Catalunha", afirma, em um comunicado.

Emmanuel Macron declarou ao chefe de Governo espanhol, Mariano Rajoy, todo seu apoio para fazer respeitar o Estado de Direito na Espanha.

"Tenho um interlocutor na Espanha, é o chefe de Governo Rajoy. (...) Há um Estado de direito na Espanha, com regras constitucionais. Ele quer que sejam respeitadas e tem todo meu apoio", afirmou.

A Alemanha declarou que não reconhece da declaração de independência da Catalunha.

"O governo alemão observa com preocupação o agravamento da situação na Catalunha", afirmou o porta-voz Steffen Seibert no Twitter. "A soberania e a integridade territorial da Espanha são e continuam sendo invioláveis", acrescentou.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, por sua vez, pediu uma solução pacífica para a crise, e respeito à ordem nacional e internacional.

"Uma crise política pode ser resolvida mediante o diálogo", tuitou Michel.

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