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Curdos têm dificuldades para defender avanço no Iraque

Apenas vira-latas e um punhado de soldados percorrem as ruas de Snuny, uma cidade fantasma na base do Monte Sinjar


	Refugiados: é incerta capacidade do exército curdo de manter posições tomadas do grupo Estado Islâmico
 (Rodi Said/Reuters)

Refugiados: é incerta capacidade do exército curdo de manter posições tomadas do grupo Estado Islâmico (Rodi Said/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 15h00.

Snuny - Apenas vira-latas e um punhado de soldados percorrem as ruas de Snuny, uma cidade fantasma na base do Monte Sinjar.

"É proibido fumar", diz um aviso em árabe postado fora de um café.

"Submeta-se ao Estado Islâmico, infieis", diz outro.

As mensagens não refletem o posicionamento do dono do estabelecimento, e sim o do grupo extremista que controlava o local, até o mês passado.

Hoje, bandeiras representando diversos grupos políticos curdos tremulam sobre a cidade. Mas não se sabe até quando elas vão ficar lá.

Apesar de recentes vitórias em cidades importantes como Kobani, é incerta a capacidade do exército curdo, apoiado pelos ataques aéreos do Ocidente, de manter as posições tomadas do grupo extremista Estado Islâmico, ou ainda de continuar a ofensiva.

Embora tenham retomado Snuny, os curdos chegaram a um impasse em uma batalha maior monte acima, pelo controle do Sinjar.

No sudeste, a cidade de Kirkuk, rica em Petróleo, continua sob o risco de tomada pelos extremistas.

O inverno no país e mesmo a neblina, que atrapalham os ataques aéreos, também contribuem para dificultar a vida do exército curdo.

Na semana passada, extremistas se aproveitaram da neblina para retomar a maior parte do Sinjar.

Snuny é considerada uma cidade estratégica porque seu controle significa também o domínio sobre a principal rodovia do Oeste que liga o país à Síria.

Os poucos soldados que guardam a cidade esperam reforços.

Na semana passada, o exército islâmico fez um ataque, mas foi repelido.

"Eles nunca irão desistir" afirmou o comandante da cidade, Bahjat Taymes.

"Eles estão prontos a morrer. Eles estão felizes por morrer." Fonte: Associated Press.

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