Cubanos no exílio reagem contra viagem de Obama a Cuba
José Basulto, fundador de Irmãos ao Resgate, afirmou que a visita de Obama é uma "canalhice"
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 13h39.
Miami - As organizações do exílio cubano reagiram nesta quinta-feira contra a anunciada viagem do presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , a Cuba, por considerarem que não beneficiará o povo cubano, mas o governo.
"Infelizmente não vai a Cuba festejar a liberdade do povo cubano, mas avalizar a ditadura militar dos Castro", disse à Agência Efe Silvia G. Iriondo, presidente da ONG Mães e Mulheres contra a Repressão (MAR).
Orlando Gutiérrez, do Diretório Democrático Cubano, disse à Efe que sua organização é contra a viagem - anunciada para março - porque desde o fim de 2014, quando se anunciou a normalização de relações entre Cuba e EUA "não houve nenhuma mudança significativa" no que se refere à liberdade e aos direitos dos cubanos.
No mesmo sentido, Iriondo disse que não houve nada por parte do governo cubano que justificasse os "passos unilaterais" dados pela administração Obama, como a retirada de Cuba da lista de países terroristas.
Tanto Gutiérrez como Iriondo destacaram que, ao contrário, a repressão e a violência contra os opositores aumentaram em Cuba desde dezembro de 2014, quando foi anunciado o processo para o restabelecimento das relações bilaterais.
José Basulto, fundador de Irmãos ao Resgate, afirmou que a visita de Obama é uma "canalhice, uma ofensa à democracia e à luta contra a repressão do governo cubano".
Na sua opinião, nada de "útil" pode sair desta viagem, que é toda uma "traição aos verdadeiros interesses do povo de Cuba, além de um pouco de comida no curto prazo", e acusou o governo dos EUA de manter os Castro no poder.
Menos pessimista e mais moderado que outros líderes do exílio, o presidente do Movimento Democracia, Ramón Saúl Sanchez, indicou que a visita só terá resultados positivos se Obama se reunir em público com a dissidência e "falar dos temas que preocupam o povo, como o dos balseiros, a reunificação da família cubana, o direito ao retorno dos que pensam diferente, e como um processo de eleições livres", explicou.
Miami - As organizações do exílio cubano reagiram nesta quinta-feira contra a anunciada viagem do presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , a Cuba, por considerarem que não beneficiará o povo cubano, mas o governo.
"Infelizmente não vai a Cuba festejar a liberdade do povo cubano, mas avalizar a ditadura militar dos Castro", disse à Agência Efe Silvia G. Iriondo, presidente da ONG Mães e Mulheres contra a Repressão (MAR).
Orlando Gutiérrez, do Diretório Democrático Cubano, disse à Efe que sua organização é contra a viagem - anunciada para março - porque desde o fim de 2014, quando se anunciou a normalização de relações entre Cuba e EUA "não houve nenhuma mudança significativa" no que se refere à liberdade e aos direitos dos cubanos.
No mesmo sentido, Iriondo disse que não houve nada por parte do governo cubano que justificasse os "passos unilaterais" dados pela administração Obama, como a retirada de Cuba da lista de países terroristas.
Tanto Gutiérrez como Iriondo destacaram que, ao contrário, a repressão e a violência contra os opositores aumentaram em Cuba desde dezembro de 2014, quando foi anunciado o processo para o restabelecimento das relações bilaterais.
José Basulto, fundador de Irmãos ao Resgate, afirmou que a visita de Obama é uma "canalhice, uma ofensa à democracia e à luta contra a repressão do governo cubano".
Na sua opinião, nada de "útil" pode sair desta viagem, que é toda uma "traição aos verdadeiros interesses do povo de Cuba, além de um pouco de comida no curto prazo", e acusou o governo dos EUA de manter os Castro no poder.
Menos pessimista e mais moderado que outros líderes do exílio, o presidente do Movimento Democracia, Ramón Saúl Sanchez, indicou que a visita só terá resultados positivos se Obama se reunir em público com a dissidência e "falar dos temas que preocupam o povo, como o dos balseiros, a reunificação da família cubana, o direito ao retorno dos que pensam diferente, e como um processo de eleições livres", explicou.